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Eventos adversos graves representam um grande problema a ser superado nos hospitais. 

Assim, garantir a segurança dos pacientes é um desafio ao ambiente hospitalar.

Serviços de saúde de qualidade devem ser eficazes, seguros e centrados nos pacientes para garantir os melhores resultados quanto à terapia.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), eventos adversos hospitalares são considerados a décima causa de morte e incapacidade em todo mundo.

Hoje trazemos um panorama geral de como os eventos adversos contribuem para glosas hospitalares. Confira!

O que são eventos adversos graves?

Os eventos adversos hospitalares são definidos como ocorrências danosas e indesejáveis (e, geralmente, evitáveis) que colocam em risco a segurança do paciente que está sob os cuidados dos profissionais de saúde. 

Dentro deste universo de eventos adversos, podemos incluir também os efeitos colaterais decorrentes do uso de uma determinada medicação.

Ou seja, sempre que houver um incidente no ambiente hospitalar e que ele resulte em danos ao paciente, é considerado um evento adverso.

É importante diferenciarmos os eventos adversos dos erros ou ainda de erros que geram eventos adversos. 

Em geral, o evento adverso grave tem como característica a sua falta de previsibilidade, como a inexistência de informações a respeito do histórico do paciente quanto a uma alergia a um determinado medicamento.

Já os erros são caracterizados por falhas humanas que não geram dano ao paciente. 

No entanto, quando esse erro gera uma consequência, temos os erros que geram eventos adversos.

Imagine um paciente o qual possui em seu prontuário a informação de alergia a um determinado medicamento e que, mesmo com essa informação documentada, a medicação ainda assim é administrada pela equipe do hospital. 

Essa é uma situação potencialmente perigosa e pode gerar danos à saúde do paciente.

Quais os principais tipos de eventos adversos graves em hospitais?

É importante destacar que o erro é algo inerente ao ser humano, por mais treinado que o profissional ou a equipe seja. 

Além disso, cada vez mais complexidade é atribuída aos procedimentos executados em ambientes hospitalares, o que potencialmente também pode aumentar a chance de ocorrência de eventos adversos graves.

As principais situações que podem gerar danos ao paciente incluem:

  • Erros em medicações;
  • Infecções associadas aos cuidados de saúde;
  • Práticas inseguras em injetáveis;
  • Erros de diagnóstico;
  • Sepse;
  • Tromboembolismo;
  • Erros de radiação (superexposição);
  • Procedimentos cirúrgicos incorretos, entre outros.

Cada evento adverso pode ser classificado, ainda, conforme a sua gravidade. 

  • Os eventos de grau 1 (leve) causam desconforto, mas não interferem nas atividades do paciente;
  • Já o grau 2 (moderado) gera desconforto suficiente para interferir nas atividades habituais do paciente;
  • O grau 3 (grave) pode gerar incapacidade total;
  • O grau 4 remete à risco de vida;
  • Por fim, o grau 5 representa a evolução do evento adverso para o óbito.

O impacto dos eventos adversos graves nas glosas hospitalares

Os eventos adversos graves podem afetar não somente os pacientes, mas também podem contribuir para o aumento do número de glosas hospitalares. 

As glosas hospitalares são definidas como o não pagamento pela operadora de saúde de procedimentos hospitalares, valores dos serviços prestados, materiais, medicamentos, entre outros.

Existem basicamente três tipos diferentes de glosas hospitalares: administrativas, lineares e técnicas. 

Glosas Administrativas

As glosas administrativas envolvem falhas de operação e, geralmente, são simples de resolver. 

São devidas a problemas de comunicação entre o hospital (prestador de serviço) e operadora de saúde, falta de documentação (prontuários incompletos), erros de digitação do prontuário ou ainda valores e serviços diferentes do contrato firmado com a operadora. 

Glosas Lineares

Já as glosas lineares têm relação direta com o convênio, mas também interferem na instituição prestadora do serviço (hospital).

Glosas Técnicas

Mas são as glosas técnicas as mais impactadas por eventos adversos hospitalares.

Essas glosas envolvem falhas técnicas nos procedimentos executados no hospital, como:

  • Descuido na administração de medicamentos;
  • Imprecisão na execução de procedimentos;
  • Falta de prescrição médica para o uso de medicamentos;
  • Procedimentos de enfermagem realizados sem a devida documentação no prontuário do paciente;
  • Realização de uma conduta fora dos padrões pré-estabelecidos.

Para realizar esse levantamento de informações, é normalmente feita uma auditoria em saúde por um médico ou enfermeiro auditor, onde são conferidos todos os procedimentos executados. 

Caso haja inconsistências, ou o auditor julgue que um determinado procedimento foi desnecessário para o caso clínico do paciente, o pagamento por não ser liberado pela operadora de saúde.

A ocorrência de glosas hospitalares possui um impacto profundo nas instituições de saúde, pois afeta diretamente a saúde financeira do hospital pelo aumento da inadimplência. 

Além disso, as operadoras de saúde ficam suscetíveis a arcar com custos desnecessários, o que também as prejudica financeiramente. 

Por fim, o paciente também pode ser severamente afetado pela condução inadequada do seu tratamento, impactando diretamente em sua saúde.

Como minimizar a ocorrência das glosas hospitalares?

Dentro deste contexto, fica claro que diminuir a ocorrência de eventos adversos hospitalares, impacta positivamente em uma menor quantidade de glosas. 

Atualmente, ferramentas tecnológicas podem auxiliar nesse processo, como a implantação de prontuários eletrônicos. 

Esse tipo de prontuário permite uma maior integração e concentração de dados de diferentes especialidades, assim como evita possíveis erros decorrentes da geração de prontuários manuais.

Outro ponto importantíssimo é treinar e capacitar toda a equipe envolvida no hospital, desde enfermeiros a médicos.

Para isso, é fundamental fornecer ferramentas e cursos que atualizem esses profissionais constantemente. 

Além disso, é necessária a elaboração e condução de protocolos de atendimento bem estabelecidos e claros, de modo que não gerem dúvidas nos profissionais.

Por fim, realizar auditorias internas para verificação dos procedimentos realizados é uma forma de impedir ou minimizar a ocorrência de eventos adversos e, consequentemente, as glosas. 

Adotar um sistema rígido de conferência na geração dos laudos é fundamental, pois permite a identificação dos principais pontos de erros e como corrigi-los.

In Situ Terapia Celular e Carefy

A In Situ Terapia Celular é parceira da Carefy na missão de tornar as instituições de saúde mais eficientes.

A empresa apresenta soluções que podem ser efetivas na minimização de riscos à saúde, sendo especializada e pioneira no desenvolvimento de biocurativos com células-tronco para o tratamento de feridas crônicas e queimaduras graves.

Assim como a Carefy, a In Situ está incubada no Supera Parque, um ambiente de inovação onde várias healthtechs transformam a saúde do Brasil.

Assumimos o compromisso de trazer informações relevantes e de qualidade para você, sempre baseado em ciência e com fontes de pesquisa confiáveis. 

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Referências:

Nascimento, C. C. P., Toffoletto, M. C., Gonçalves, L. A., Freitas, W. D. G., & Padilha, K. G. (2008). Indicators of healthcare results: analysis of adverse events during hospital stays. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 16, 746-751.

OMS. Patient Safety. 2019. Disponível em: https://more.ufsc.br/homepage/inserir_homepage.

Rodrigues, J. A. R. M., Birolim, M. M., Cunha, I. C. K. O., Vannuchi, M. T. O., & Haddad, M. C. F. L. (2018). Hospital glosses in the nursing audit: an integrative review. Online Braz j Nurs [Internet], 17(1), 150-60.

de Vries EN, Ramrattan MA, Smorenburg SM, Gouma DJ, Boermeester MA. The incidence and nature of in-hospital adverse events: a systematic review. Qual Saf Health Care. 2008;17(3):216–23.

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