A inteligência artificial na medicina está sendo um grande marco na saúde, principalmente quando nos referimos ao cuidado assistencial com os pacientes.
Sabemos que hoje, mesmo com as conhecidas limitações, a inteligência artificial possui um grande papel na medicina e trouxe uma verdadeira evolução na área, permitindo um avanço em diversas vertentes, desde assistência primária, até processos mais complexos como o desenvolvimento de medicamentos, diagnóstico e tratamento de doenças.
No geral, a inteligência artificial na saúde é um ponto importante a ser estudado, e por isso, no conteúdo de hoje, abordaremos sobre o conceito aplicado na saúde da população e seus benefícios.
Boa leitura.
Um pouco da história: o surgimento da IA
A inteligência artificial não é um conceito dos anos 2000, na verdade, ela possui suas raízes na época da Segunda Guerra Mundial.
No entanto, naquele tempo ainda não existia o termo que conhecemos hoje. O termo que conhecemos hoje foi dado por John McCarthy em 1956, durante a conferência de Dartmouth nos Estados Unidos.
Logo, nas décadas de 1950 a 1960, com o surgimento do termo, houve um grande otimismo em relação a alcançar a inteligência humana mediante um computador.
Mas logo por volta de 1970 a 1980 entramos no chamado “inverno da IA”. Isso porque foram encontradas diversas barreiras para a evolução da Inteligência artificial, desacelerando seu desenvolvimento e ficando aquém das expectativas.
Apesar disso, em 1990 novamente ocorreu um avanço e otimismo com a tecnologia. O que foi impulsionado pela popularização de computadores, além do aumento de questões técnicas, como processamento e disponibilidade de dados em maior escala.
Já nos últimos anos, a Inteligência artificial se desenvolveu ainda mais, tornando-se o que conhecemos hoje.
Lembrando que a IA é um conceito vivo, ou seja, ela está em constante evolução e transformação. Isso quer dizer que daqui a alguns meses ou anos a IA pode desempenhar um novo papel, seja no campo da educação, do trabalho, da saúde, etc.
Cada evolução trará novos modos de encarar e interagir com determinada atividade.
Interessante, não?
A medicina sem o uso da inteligência artificial
Agora que adentramos no surgimento da IA, é importante sabermos como é a medicina sem o impulsionamento da tecnologia no setor.
Sem a ajuda da inteligência artificial na medicina, a prática depende principalmente dos conhecimentos e da experiência e pesquisas dos profissionais, aplicando métodos tradicionais científicos para guiar a prática clínica.
Por exemplo, o diagnóstico manual, na qual os médicos dependem de suas habilidades clínicas, conhecimento teórico e interpretação de sinais e sintomas para realizar os diagnósticos. O que envolve conversas com os pacientes, exames físicos, solicitação de exames laboratoriais e análise dos resultados manualmente.
Assim, o diagnóstico exige uma combinação de diversas habilidades analíticas e experiência do profissional.
Outro ponto também é no que tange a análise manual de dados. Antes da inteligência artificial na medicina, a revisão e análise abundantes de dados médicos eram tarefas demoradas e propícias a erros.
Os médicos precisavam analisar diversos registros médicos e resultados de exames, muitas vezes em papel, para obter informações relevantes sobre os pacientes.
Apesar de termos acesso à inteligência artificial e consequentemente a softwares e aplicativos, ainda é muito comum, principalmente na saúde pública, não haver grande investimento em tecnologia.
Tal falta de investimento prejudica o desenvolvimento e a adaptação dos profissionais a inteligência artificial na medicina e demais inovações, resultando ainda em usar recursos “tradicionais”.
Benefícios da inteligência artificial na medicina
Sabemos que a IA é de certa forma uma inovação disruptiva, trazendo novos olhares sobre diversos temas na saúde. No blog Carefy já exploramos onde a tecnologia auxilia na saúde, mas hoje falaremos especificamente na medicina.
Em resumo, os benefícios do uso da inteligência artificial incluem:
- Auxílio na identificação de padrões
- Auxílio ao diagnóstico clínico
- Previsibilidade
- Aumento da eficiência da equipe médica
- Auxílio na pesquisa científica
- Apoio na tomada de decisões clínicas
1. Auxílio na identificação de padrões
No que tange o ramo, a IA pode acelerar a descoberta e o desenvolvimento de novos padrões, por exemplo. Por meio de algoritmos de machine learning, é possível analisar grandes bancos de dados e identificar novos padrões de sintomas e condições em determinados diagnósticos.
2. Ajuda no diagnóstico clínico
Já em relação aos diagnósticos, a inteligência artificial pode auxiliar médicos a identificarem anomalias em exames de imagem, otimizando o processo de análise e realizando laudos médicos. Na prática, a IA analisa os exames de imagem, identificam as anomalias e aponta para o médico radiologista realizar o diagnóstico.
3. Previsibilidade
Outro benefício é a previsibilidade que a IA consegue gerar.
Através da análise dos dados históricos, ela consegue identificar os padrões e prever uma série de dados valiosos no âmbito da medicina.
Por exemplo, com o uso da inteligência artificial é possível prever indicadores estratégicos na medicina, como:
- Tempo médio de internação
- Taxa de sucesso do tratamento clínico
- Custo de internação média
- Probabilidade de reinternação hospitalar
A IA também pode oferecer suporte no que tange à previsão de riscos e readmissões hospitalares. Algoritmos analisam dados clínicos e históricos de pacientes para identificar riscos, complicações e readmissões.
O que permite a identificação de pacientes com maior probabilidade de eventos adverso e adoção de intervenções para evitar problemas futuros.
4. Aumento da eficiência da equipe médica
Já quando o assunto é eficiência médica, a IA também consegue ajudar.
Isso porque, os médicos e médicas possuem uma limitação em relação ao número de pacientes que conseguem acompanhar.
Com o uso desta tecnologia, dispositivos wearables como smartwatches, sensores e aplicativos de smartphones, auxiliam na coleta de dados sobre a saúde, como frequência cardíaca, atividade física e também qualidade do sono.
Assim, a IA analisa os dados coletados e ainda indicam quando o paciente pode estar em risco, aumentando a eficiência da equipe médica, que agora consegue monitorar um número muito maior de pacientes.
Dessa forma, a inteligência artificial na medicina auxilia os profissionais e instituições a serem mais efetivos, tornando o que era demasiado demorado, mais rápido, mais intuitivo e menos complicado.
É só você pesquisar pelos conteúdos do blog, como o case de sucesso da operadora SAMP, no qual eles implantaram o software de auditoria e gestão de pacientes internados Carefy e tiveram um retorno de 137% no aumento de eficiência na auditoria.
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SOU MÉDICO CLÍNICO GERAL E CARDIOLOGISTA, GOSTARIA MUITO DE APLICAR A I A NA MINHAS ESPECIALIDADES.