Guia auditoria

Fazer o mapeamento de risco hospitalar é uma importante etapa para uma instituição de saúde.

A partir deste mapeamento de riscos, uma instituição consegue reconhecer onde precisa agir para ser um ambiente seguro para seus pacientes e profissionais.

Hoje vamos te mostrar o passo a passo completo para criar um mapeamento de risco hospitalar e garantir eficiência para sua instituição

Boa leitura!

Mapeamento de risco hospitalar: o que é?

O mapeamento de risco hospitalar é, de forma simples, uma representação gráfica que mostra quais são as áreas de um ambiente e qual o grau de risco de cada uma delas.

Ou seja, o mapeamento demonstra com exatidão quais são os riscos e potenciais ameaças de uma instituição de saúde.

É importante ressaltar que o mapa é um instrumento importante para a regularização da instituição. 

Isso porque, essa representação dos riscos está prevista na Norma Regulamentadora Nº 5, do Ministério do Trabalho.

Essa NR define que a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), em colaboração com o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), possui como atribuição a elaboração do mapa de riscos.

Assim, laboratórios, hospitais, clínicas e demais estabelecimentos de saúde devem ter seu mapa de risco.

Qual a importância do mapa de risco hospitalar?

Com o mapa de risco hospitalar na mão, é possível aumentar a cultura de segurança dos pacientes, médicos e todos os profissionais que atuam na instituição.

O mapa contribui para consciencialização de todos os profissionais das instituições, porque permite que todos consigam ver onde estão os riscos.

Quando um profissional sabe onde está o risco e qual sua classificação de perigo, é possível traçar planos para como prevenir aquela ameaça de ser algo inevitável. 

Também é importante ressaltar o papel do mapeamento de riscos na reputação da instituição.

Isso porque, uma instituição que se preocupa com seus funcionários e beneficiários, é uma instituição bem vista. 

Por exemplo: um paciente se sente mais seguro quando vai à um hospital e vê que aquele local se preocupa com ele, se preocupa em alertá-lo sobre quais são os possíveis riscos que ele passa por estar ali.

Assim, podemos sintetizar que o mapa de risco hospitalar é:

  • Uma obrigação das instituições;
  • Uma ferramenta que permite maior segurança à todos que convivem no local;
  • Um instrumento de conscientização para os profissionais atuantes naquela instituição;
  • Um importante dispositivo que fomenta uma boa reputação para as instituições de saúde. 

Guia para criar um mapeamento de risco hospitalar

Agora que você já sabe o que é o mapeamento de risco hospitalar e qual sua importância, chegou a hora de entender como levar isso para sua instituição.

Forneceremos um guia completo para você criar um mapa de risco hospitalar na sua instituição de saúde. Confira!

  1. Hora de analisar o seu local

O primeiro passo para a construção do seu mapa de risco hospitalar, é a análise cuidadosa do seu local.

Devemos relembrar que o mapa é baseado na sua instituição, logo, é preciso que leve em consideração a estrutura do local, a rotina de cada área e o funcionamento de cada setor.

Nessa análise é necessário levar em consideração:

  • Todas as áreas do local, como por exemplo: recepção, salas de espera, salas de cirurgias, espaços para exames, equipamentos, entre outros espaços;
  • Quantidade de funcionários, faixa etária dos funcionários, responsabilidades de cada pessoa, nível de capacitação em treinamentos de segurança do trabalho.

Nessa etapa o ponto chave é: leve tudo que existe e acontece no seu local em consideração!

  1. Riscos ocupacionais: hora de classificá-los

Agora que você já fez uma análise completa do seu local, chegou a hora de identificar quais os riscos existentes nele.

Nesta segunda etapa, você deve se guiar a partir da Portaria SSST, Nº 25 de 29 de dezembro de 1994.

Essa legislação estabelece a classificação dos principais riscos ocupacionais.

Para tanto, os riscos são divididos em 5 grupos que ganham uma cor para representar o grau de risco. São eles:

  • Grupo 1 (verde): representa os riscos físicos, tais como ruídos, vibrações, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade.
  • Grupo 2 (vermelho): representa os riscos químicos, tais como poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores e produtos químicos em geral.
  • Grupo 3 (marrom): representa os riscos biológicos, tais como vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas e bacilos.
  • Grupo 4 (amarelo): representa os riscos ergonômicos, tais como esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido de produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade e outros situações causadoras de estresse físico ou psíquico.
  • Grupo 5 (azul): representa os riscos de acidentes, por motivos como arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos e outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.

Ou seja, nessa segunda etapa você precisa classificar todos os riscos existentes na sua instituição em uma dessas categorias.

  1. Quais medidas para prevenir os riscos?

Nesta terceira etapa, é necessário identificar quais são as medidas preventivas existentes para prevenir cada um dos riscos encontrados na etapa anterior.

Essas medidas preventivas podem ser das seguintes categorias:

  • Medidas de proteção coletiva;
  • Medidas de organização do trabalho;
  • Medidas de proteção individual;
  • Medidas de higiene e conforto, tais como: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório e áreas de lazer.

Por exemplo: uma dedetização contra animais peçonhentos é uma medida de proteção coletiva que visa evitar riscos do grupo 5 (azul), aqueles que representam os possíveis acidentes.

  1. Hora de identificar os indicadores de saúde da instituição

Identificar os indicadores de saúde da instituição vai te auxiliar a entender com mais profundidade os riscos da instituição.

Afinal, receber os feedbacks de quem vive no local, é o mais valioso para tomar decisões, né?

Nesse sentido, para identificar os indicadores de saúde do local, é importante considerar os seguintes parâmetros:

  • Queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos riscos;
  • Acidentes de trabalho já ocorridos;
  • Doenças profissionais já diagnosticadas;
  • Causas mais frequentes de ausência ao trabalho.
  1. Mão na massa: hora de elaborar a representação gráfica

Conforme dito no início deste artigo, o mapeamento de risco hospitalar consiste em uma representação gráfica dos riscos existentes naquele local.

Assim, o passo final do nosso guia é elaborar essa representação gráfica!

Tendo em mãos todas as áreas e a rotina de trabalho, juntamente com os riscos classificados e análise interna da instituição, torna-se mais simples criar o mapa.

Conclusão

Se você chegou até aqui, conseguiu ler um guia completo de como fazer um mapa de riscos hospitalares.

O mapa é uma importante ferramenta para a segurança da sua instituição.

Gostou do conteúdo? Inscreva-se na newsletter Carefy e receba semanalmente conteúdos  estratégicos da saúde suplementar. 

Guia auditoria concorrente