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Ao analisar a trajetória da saúde desde os primórdios da humanidade, podemos perceber o quão avançado se encontra o setor. Isso se dá é claro a constante pesquisa dos profissionais e também ao desenvolvimento de tecnologias. 

Algo importante a se pensar é a respeito dos diferentes tipos de pensamentos e ideias a respeito do paciente e das doenças. O que é comum na saúde é o foco no tratamento da doença quando a mesma já está instalada, não focando muito no paciente e também nem tanto na prevenção da doença. 

Em contraste com o decorrer do tempo, diversas metodologias e pensamentos a respeito do modo de tratamento e recepção dos pacientes. Sendo assim, estes modelos “básicos” começaram a ser contestados, e ideias novas começaram a surgir, como por exemplo o foco na prevenção e na garantia de saúde ao paciente. 

Pensando nisso, a metodologia 4P se faz presente. Alinhada com tecnologia e o envolvimento do paciente na sua própria saúde, está se tornando cada vez mais realista e presente no setor. 

No conteúdo de hoje iremos entender o que é a medicina 4P, e seu alinhamento com a tecnologia para promover e desenvolver a saúde brasileira. Boa leitura! 

Entendo a medicina 4P 

O termo foi cunhado no ano de 2000 pela Sociedade Europeia de Medicina Preventiva, e também amplamente discutido em países como Estados Unidos. Está se tornando mais falado no Brasil há alguns anos. 

Trata-se de uma metodologia baseada em quatro princípios: Prevenção, Predição, Participação e Personalização. Seu objetivo é garantir a promoção de saúde, garantir cuidados humanizados, alinhando tecnologia no processo. 

O termo “humanização” já se tornou tendência na saúde e ele está atrelado a medicina 4p, o foco é o paciente e a busca pelos melhores tratamentos considerando o paciente como ser humano com suas próprias experiências. 

Como o termo vem mudando os paradigmas em relação à medicina e paciente, podemos categorizar a medicina 4p como um avanço disruptivo (significa um avanço que abala o modelo atual, mudando de forma brusca). Já que ele vem para mudar todo o modelo de gestão de um hospital. 

Claro que somente os 4p não são totalmente disruptivos, o que o coloca nesta categoria é o fato da tecnologia estar ligada a mesma. 

Big data, inteligência artificial, inteligência das coisas, nanotecnologia, biotecnologia, protótipos, etc. Todos são fatores que mudam o modo de como uma instituição realiza a gestão. 

Prevenção 

Com um nome autoexplicativo, se trata da prevenção do paciente com sua saúde. Cabe aos profissionais educarem o paciente, não para que ele siga determinada rotina, mas que a mudança de hábitos proporciona maior qualidade de vida. Envolvendo, alimentação, prática de exercícios, saúde mental, etc. 

O objetivo da prevenção é mudar o pensamento do paciente para que ele tome a atitude de mudança. Vale lembrar que saúde não é o tratamento de determinada doença, mas sim um estado equilibrado de fatores humanos que proporcione qualidade de vida ao indivíduo. 

Com o auxílio de tecnologia de monitoramento como smartwatches, o próprio paciente consegue monitorar sua condição e claro acionar o profissional médico quando for preciso, caso tenha alguma alteração drástica em sua condição. 

Predição 

Diz respeito a métodos de diagnóstico de uma “futura” doença. Para isto se faz uso de alta tecnologia para a predição do paciente a determinada patologia. Por exemplo, os testes são feitos através de exames genéticos, diagnosticando de forma mais precisa a predisposição. 

Além disso, é possível também realizar estes exames em bebês ainda dentro do útero, conseguindo “prever” se a criança desenvolverá alguma doença, por exemplo pais que possuem doenças recessivas. 

A medicina preditiva é ligada a prevenção, pois com o diagnóstico se dá início a métodos de prevenção, mudando hábitos e podendo também fazer uso de determinado medicamento. 

Participação 

Anteriormente neste artigo dissemos que a medicina 4p está relacionada à humanização. Não estamos nos exaltando, na verdade a humanização é um dos princípios deste modelo.

Sendo assim, os pacientes se tornam o centro do cuidado, buscando entender o paciente e suas dores, e as melhores maneiras de realizar o cuidado, com base no paciente e não necessariamente na doença. 

Como dissemos anteriormente também, por muitos anos a medicina foca na doença e não obrigatoriamente no paciente. Tendo esta posição o que pode ocorrer é não a melhora mas um agravamento do quadro do paciente.

Respeitá-lo e saber ouvi-lo é importante para a comunicação médico-paciente. A participação não se limita apenas ao paciente mas se estende para seus familiares. 

Separamos este conteúdo sobre a importância da humanização hospitalar para as organizações 

Personalização 

Ao entender que o paciente é o centro do tratamento, é possível recorrer a melhores maneiras de cuidar do indivíduo. A personalização parte do princípio de que cada indivíduo é único e portanto seu tratamento será diferente do de outro. 

Seja por causa da não aceitação de determinado medicamento, estilo de vida, situação socioeconômica, etc. Tudo isso faz parte do modo como o tratamento será direcionado. 

Com ferramentas tecnologias que auxiliam o profissional a organizar o tratamento do paciente, é possível promover a melhor assistência. 

Por fim, analisando todos os 4Ps da medicina, podemos concluir que todos fazem parte de uma mesma matriz, tecnologia e cuidados humanos, não somente isto, mas cada um dos “Ps” de certa forma se completam. 

Isso nos faz questionar sobre os atuais métodos de assistência ao paciente e a promoção de qualidade de vida. É claro que existem desafios para metodologias como esta serem aplicadas de forma massiva. Os altos custos de tecnologias inovadoras bem como a inflação médica são desafios que ainda percorrem o setor da saúde. 

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