Dados em saúde se tornaram uma importante fonte de informações, é com eles que as instituições conseguem oferecer tratamento personalizado, o histórico do paciente existe por causa dos dados armazenados. Eles são essenciais e por isso, também são alvos de ataques.
No mundo híbrido da atualidade, hackers estão por toda a parte e a todo momento dados podem ser vazados e causarem um grande impacto negativo para os envolvidos, tanto instituições quanto pacientes.
No blog Carefy já abordamos como funcionam os ataques, discorremos sobre os perigos e a atuação da Lei Geral de Proteção de Dados. Hoje, você verá formas de se proteger contra vazamento de dados em saúde.
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Dados em saúde: estão protegidos?
Um questionamento comum, geralmente lemos em sites de notícias matérias que abordam sobre a grande quantidade de dados vazados em determinado local, por exemplo, no início de 2023 o Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP) foi alvo de ataques de hacker, paralisando toda a estrutura de cuidados da instituição.
Os cibercriminosos conseguiram criptografar os sistemas do hospital, por meio de um ransomware, e exigiram bitcoin para liberação.
Notícias como esta despertam um certo receio na população, principalmente de não se sentirem seguros depositando seus dados com operadoras de saúde ou hospitais. É claro que o problema é mais profundo que um vazamento, é preciso muito para que ocorra de fato o evento, mas o que chega a público é apenas que ¨Empresa X vaza mais de 160.000 dados de pacientes¨.
Mas o fato é que este cenário está cada vez mais mudando, ao passo que os criminosos criam novas formas de invasão, as empresas cada vez mais investem para ficarem à frente. Hoje, a segurança em nuvem é uma maneira segura de proteção, dificultando o acesso às informações.
Guardar dados em nuvem é mais seguro pois os provedores de nuvem utilizam criptografia avançada e medidas de segurança de ponta para proteger informações sensíveis.
Eles também aplicam atualizações de segurança e patches regularmente, garantindo a conformidade com padrões como a HIPAA. Além disso, a nuvem oferece políticas de backup automatizadas, garantindo a disponibilidade dos dados mesmo em situações de falha.
Assim, a segurança dos dados na saúde faz parte da base das instituições, cada vez mais elas estão se adaptando e investindo em seguranças robustas, o que torna os dados bem mais seguros.
Leia também: Vazamento de dados: entenda os perigos
Medidas para proteger os dados em saúde
Para garantir a segurança dos dados em saúde, é fundamental adotar práticas de segurança cibernética robustas e atualizadas. Aqui estão algumas formas de se proteger contra vazamentos de dados em saúde:
1.Treinamento: capacitar a equipe para reconhecer ameaças, como phishing, e seguir protocolos de segurança pode reduzir significativamente o risco de incidentes.
2. Controles de acesso rigorosos: implementar políticas de acesso baseadas em permissões, garantindo que apenas profissionais autorizados possam acessar informações sensíveis.
3. Autenticação multifatorial (MFA): utilizar MFA para acessar sistemas críticos adiciona uma camada extra de proteção, dificultando o acesso não autorizado mesmo se senhas forem comprometidas.
4. Monitoramento constante e detecção de ameaças: usar sistemas de monitoramento que possam identificar e responder rapidamente a atividades suspeitas, minimizando danos potenciais.
5.Atualizações e patches regulares: manter todos os sistemas e software atualizados para corrigir vulnerabilidades conhecidas que podem ser exploradas por cibercriminosos.
6. Criptografia de dados: proteger os dados em trânsito e em repouso com criptografia forte para evitar que informações sensíveis sejam facilmente acessadas ou interpretadas por invasores.
7. Planos de resposta a incidentes: desenvolver e testar regularmente um plano de resposta a incidentes para garantir uma ação rápida e eficaz em caso de um vazamento de dados.
Assim, adotar essas medidas de proteção não apenas reduz o risco de vazamentos de dados, mas também aumenta a confiança dos pacientes e das instituições de saúde no uso de tecnologias digitais para melhorar a qualidade dos cuidados e a segurança dos dados.
Além disso, estas dicas não são colocadas em prática sem uma equipe de Tecnologia da Informação (T.I) capacitada, os investimentos devem ser direcionados para o aprimoramento constante do time, que fortalecerá a segurança das instituições.
Medidas práticas para profissionais de saúde
Para profissionais como auditores, gestores, também há dicas para serem aplicadas ao cotidiano, que também auxiliam na redução do vazamento de informações. Confira abaixo:
1. Mantenha a confidencialidade: evite discutir informações de pacientes em locais públicos ou onde possam ser ouvidos por pessoas não autorizadas. Use salas privadas ou áreas seguras para conversas confidenciais.
2. Bloqueio de tela: sempre bloqueie a tela do computador ou celulares quando se afastar, mesmo que seja por um curto período, isso impede o acesso não autorizado às informações dos pacientes.
3. Senha forte e única: use senhas fortes, com uma combinação de letras maiúsculas e minúsculas, números e símbolos. Evite usar a mesma senha para diferentes sistemas ou dispositivos.
4. Atualização de conhecimento: participe de treinamentos e atualizações sobre práticas de segurança e privacidade de dados. Mantenha-se informado sobre as políticas de segurança da sua instituição.
5. Não use aparelhos pessoais: evite usar dispositivos pessoais para acessar informações de pacientes. Se necessário, siga as políticas de segurança da instituição e use apenas aplicativos e ferramentas aprovados.
6.Relate incidentes: se você notar qualquer atividade suspeita ou tiver motivos para acreditar que houve uma violação de segurança, reporte imediatamente ao departamento de TI.
7. Evite o compartilhamento de logins: nunca compartilhe suas credenciais de login com colegas ou outras pessoas. Cada profissional deve ter seu próprio acesso para rastreabilidade e segurança.
8. Verificação de identidade: antes de compartilhar informações com colegas ou outros profissionais, verifique a identidade da pessoa e certifique-se de que ela tem autorização para acessar os dados.
Por fim, implementando essas práticas no cotidiano, os profissionais de saúde podem contribuir significativamente para a proteção de dados sensíveis e o fortalecimento da segurança na área de saúde.
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