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Nos últimos anos, vimos a crescente preocupação com a proteção dos dados dos usuários, pois ataques de hackers podem ocorrer a qualquer momento, e as instituições de saúde não estão imunes. 

Na verdade, este setor é um dos principais alvos desse tipo de ataque.

Com a tecnologia se tornando cada vez mais comum nas instituições de saúde, como operadoras, hospitais, clínicas e empresas de auditoria, os ataques também têm crescido.

Isso aumenta a necessidade das instituições de saúde de criar defesas mais robustas.

No conteúdo de hoje, abordaremos mais sobre o vazamento de dados na saúde suplementar e seus perigos. Continue lendo e compreenda melhor esse importante tema!

Privacidade de dados em saúde: por que é importante?

Segundo a IBM, durante a pandemia de COVID-19, houve um aumento nos ataques de hackers a hospitais e empresas farmacêuticas. 

Na época, esse cenário era preocupante, demonstrando a falta de preparo das empresas diante desse desafio.

Hackers sempre existiram e sempre existirão: infelizmente, esse problema não pode ser eliminado. 

Portanto, as instituições de saúde devem investir em segurança para evitar o vazamento de dados.

De acordo com um relatório da Tenable, o Brasil representa cerca de 43% dos dados vazados no mundo. 

Foram mais de 112 terabytes (TB) de dados vazados no período de 2021 e 2022, ou seja, bilhões de dados pessoais sendo expostos e usados para fins ilegais.

Além disso, os setores que mais sofrem com o vazamento de dados incluem a administração pública (governos, cidades e municípios), com 42%, e globalmente, a saúde representa 35,4% dos dados vazados.

Diante disso, é impossível que as instituições fechem os olhos para essa realidade. 

A verdade é que, mesmo com provas de que o vazamento é prejudicial, muitas instituições de saúde não sabem como abordar corretamente a segurança dos dados dos pacientes.

Além disso, a segurança é um investimento, mas, infelizmente, muitos não enxergam dessa forma. 

É por isso que criamos este conteúdo, para mostrar o quão prejudicial é o vazamento de dados e dar motivos para você investir na sua instituição.

Hoje, as instituições podem contar com o auxílio de empresas especializadas em proteção de dados do usuário ou até mesmo contratar softwares que já vêm com proteção eficiente contra vazamentos.

Outro ponto importante nesse tema diz respeito à proteção judicial dos dados. 

Para estabelecer uma forma séria de proteger os dados pessoais, foi instituída uma lei que protege os usuários e pune de forma justa aqueles que não a respeitam, a chamada LGPD.

LGPD neste cenário

Certamente, é quase impossível não ter ouvido falar desta sigla, muito famosa e que causou muito debate ao ser instituída. 

A Lei Geral de Proteção de Dados é a principal lei de proteção de dados pessoais no Brasil.

Em vigor desde 2020, a lei determina como os dados pessoais devem ser tratados e armazenados pelas empresas. 

A norma se aplica a qualquer empresa ou organização, seja pública ou privada.

Independente da modalidade, todas devem seguir os fundamentos da LGPD, que são:

  • O respeito à privacidade;
  • A autodeterminação informativa;
  • A liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião;
  • A inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;
  • O desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação;
  • A livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor;
  • Os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais.

Além de ser uma importante forma de proteger os dados dos usuários no Brasil, a LGPD também incentiva as empresas a investirem em proteção, seja por meio de empresas especializadas ou pela contratação de profissionais, criando uma área específica para esse fim.

De qualquer forma, a lei também possui a função de punir empresas que descumpram seus fundamentos. 

As multas variam de simples a graves, podendo variar de R$7,2 mil a 2% do faturamento bruto da empresa.

Além disso, a lei, mesmo que indiretamente, afeta os usuários, pois para que as empresas usem seus dados, eles precisam dar permissão (geralmente feita por meio de contratos físicos ou online) para que esses dados sejam usados para fins internos.

Os perigos do vazamento de dados na saúde

São muitos os perigos que envolvem o vazamento de dados, mas antes de adentrarmos nesta questão, veremos brevemente os tipos de dados pessoais para entendermos melhor como cada um deve ser tratado nas instituições.

No geral, existem quatro espécies de dados pessoais:

  1. Pessoais: RG, CPF, título de eleitor – são exemplos de dados pessoais.
  2. Sensíveis: vida sexual, genética, origem racial, religião, biometria, cor da pele, opinião política – são exemplos de dados sensíveis.
  3. Anonimizados: dados relativos ao titular que não podem ser identificados.
  4. Pseudonimizados: dados pessoais que, por meio de tratamento, perdem a possibilidade de serem associados diretamente ou indiretamente a algum indivíduo, como dados criptografados.

Conhecendo essas diferenças, as instituições podem dar o tratamento adequado a cada tipo de dado, cumprindo a LGPD e protegendo o usuário.

Abaixo, conheça alguns perigos que o vazamento de dados traz para a saúde:

1. Violação da Privacidade e Confidencialidade

O vazamento de dados em saúde pode resultar na exposição não autorizada de informações médicas pessoais e confidenciais dos pacientes. 

Isso compromete a privacidade dos indivíduos, causando preocupações e desconfiança em relação às instituições de saúde, podendo afetar a reputação e a segurança.

2. Consequências Legais

Como falado anteriormente, as instituições de saúde podem enfrentar penalidades substanciais se não protegerem adequadamente os dados de saúde dos pacientes

Isso inclui multas significativas que podem impactar financeiramente a instituição e ações judiciais por danos morais e materiais.

3. Dano à Reputação e Confiança

Um vazamento de dados prejudica a reputação da instituição de saúde

A confiança dos pacientes é vital na área de saúde, e a percepção de que os dados não estão seguros pode levar à perda de pacientes e dificultar a atração de novos, especialmente em um mercado concorrido, como a saúde suplementar.

4. Risco de Fraude e Abuso de Identidade

Dados de saúde roubados podem ser usados para atividades fraudulentas, como a obtenção de serviços médicos não autorizados em nome dos pacientes afetados. 

Isso não apenas prejudica financeiramente a instituição, mas também coloca os pacientes em risco.

5. Impacto na Qualidade do Atendimento

Por fim, caso os dados médicos sejam corrompidos ou mal utilizados devido ao vazamento, isso pode resultar em decisões médicas errôneas, tratamentos inadequados ou prescrições incorretas, afetando diretamente a qualidade do atendimento e a saúde dos pacientes.

Em conclusão, o vazamento de dados não é apenas prejudicial, mas também revela a realidade do cenário da saúde brasileira em relação às medidas de proteção contra ataques. É essencial que as instituições invistam cada vez mais em proteção de dados para evitar problemas legais e preservar a confiança dos pacientes, a qualidade dos serviços e o bem-estar dos indivíduos.

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