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O ambiente hospitalar, apesar de ser planejado para promover a segurança do paciente, dos profissionais e de todos os envolvidos, continua sujeito ao desenvolvimento de demandas.

Pensamos assim, um ambiente hospitalar tem como o principal objetivo, o salvamento de vidas e, como tal, seus esforços são para o paciente recuperar sua vitalidade. 

Sendo assim, um ambiente em que é feito a “manutenção” da vida, é um local onde políticas e estratégias de segurança precisam ser estabelecidas.

Tudo isso deve ser feito visando a proteção daqueles que estão sob cuidados da instituição. 

Nesse sentido, o gerenciamento de risco hospitalar se faz presente, visando evitar possíveis riscos e garantir a segurança da instituição. 

No conteúdo de hoje, abordaremos sobre o gerenciamento de risco hospitalar, como ele é importante para as instituições e como realizar de forma prática. 

Boa leitura! 

Conceituando: o que é gerenciamento de risco hospitalar? 

O gerenciamento de risco hospitalar é um conjunto de estratégias, processos e medidas adotadas pelas instituições de saúde, que visam:

  • Identificar, avaliar, controlar e reduzir os riscos associados aos cuidados prestados. 

Sendo assim, o principal objetivo é garantir a segurança dos pacientes, dos profissionais de saúde, dos profissionais em geral da instituição e também a integridade das instalações e equipamentos hospitalares. 

Com isso, realizar corretamente o gerenciamento de riscos hospitalares dá às instituições as ferramentas corretas contra os diversos problemas que ocorrem por falta de algum tipo de monitoramento envolvendo este assunto.

Para se ter uma noção do quão complicado é este tema, confira os dados abaixo:

Segundo dados do 2.º Anuário de Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, em 2017, 1,3 milhão de pacientes apresentaram ao menos um caso de evento adverso, envolvendo os cuidados na saúde. 

Deste número, 235 mil pacientes vieram a óbito. 

Para este conteúdo, não estamos contando com a pandemia de COVID-19, que também revelou falhas no que tange a prevenção e segurança do paciente. 

Assim, é possível perceber a necessidade da implementação de medidas de gerenciamento de risco hospitalar, visando sempre as boas práticas em saúde e segurança.

Lembrando: tudo isso para reduzir a probabilidade de problemas e promovendo o cuidado eficaz

Pilares do gerenciamento de risco hospitalar          

Conforme a política de gestão de riscos RA n°60/2014/ ANS da Agência Nacional de Saúde Suplementar, o gerenciamento de risco hospitalar possui os seguintes pilares: 

  • Agregar valor e proteger o ambiente institucional;
  • Ser parte integrante dos processos organizacionais;
  • Subsidiar a tomada de decisões;
  • Abordar explicitamente a incerteza;
  • Ser sistemática, estruturada e oportuna;
  • Ser baseada nas melhores informações disponíveis;
  • Ser transparente e inclusiva;
  • Ser dinâmica, interativa e capaz de reagir a mudanças;
  • Apoiar a melhoria contínua da entidade.

Além disso, o gerenciamento de risco hospitalar traz os seguintes benefícios para as instituições: 

  • Melhora a segurança dos pacientes e reduz a ocorrência de eventos adversos;
  • Minimiza erros médicos e falhas nos processos de cuidados de saúde;
  • Protege a reputação e a imagem da instituição hospitalar;
  • Aumenta a confiança dos pacientes e suas famílias na qualidade dos serviços prestados;
  • Reduz os custos associados a incidentes e erros, como processos legais e indenizações;
  • Melhora a eficiência operacional e a gestão de recursos no hospital;
  • Promove a adoção de práticas baseadas em evidências e melhores padrões de cuidados;
  • Estimula cultura de segurança, transparência e aprendizado contínuo;
  • Facilita a conformidade com regulamentos e requisitos legais na área de saúde;
  • Auxilia a identificar áreas de melhoria e oportunidades para aprimorar os processos internos.

Como realizar? 

Agora que caminhamos pelos pontos principais sobre o gerenciamento de risco hospitalar, é o momento de adentrarmos na prática, como realizar. 

Ao realizar o gerenciamento, é preciso considerar diversos fatores, etapas e práticas, nas quais são essenciais na definição do que será avaliado. 

Abaixo, resumimos as etapas do processo:

1. Comprometimento: este é mais como uma dica do que como uma etapa. 

É fundamental que a administração da instituição esteja comprometida com a implementação do gerenciamento de risco e forneça os recursos necessários para a execução. 

Este processo envolve designar a equipe adequada e responsável pelo gerenciamento e estabelecer políticas e diretrizes claras. 

2. Identificar os riscos: aqui já entramos no processo de forma prática. 

É importante realizar uma análise detalhada para identificar os riscos específicos associados às atividades hospitalares. 

Envolvendo revisão de dados de eventos adversos anteriores e análise de processos. 

3. Avaliação dos riscos: após a identificação, é importante avaliar a probabilidade de ocorrência e o impacto potencial que determinado risco poderá causar. 

Isto ajuda a priorizar os problemas mais significativos e concentrar os esforços neles. 

4. Desenvolva protocolos e diretrizes: assim como falado acima, desenvolva protocolos e diretrizes claras para prevenir e controlar os riscos identificados. 

É possível fazer isto de várias maneiras, incluindo procedimentos operacionais padrão, diretrizes de segurança, higiene, treinamento de pessoal e adoção de tecnologias

5. Melhoria contínua e monitoramento: outro ponto tão importante quanto os demais acima. 

Estabelecer um sistema de monitoramento contínuo para identificar eventuais falhas. 

6. Envolva os profissionais de saúde: não adianta o planejamento “perfeito” se a equipe não está engajada e comprometida com os objetivos. 

Engaje os profissionais, incentivando a comunicação aberta sobre incidentes, erros e preocupações relacionadas à segurança. 

7. Comunicação é importante: por fim, estabeleça canais de comunicação eficazes e seguros para relatar eventos adversos, relatar informações sobre o que foi identificado e também medidas preventivas. 

Concluíndo

Promova transparência com pacientes, fornecendo informações claras sobre os riscos associados aos procedimentos e incentivando sua participação no cuidado

Percebeu a importância por trás do processo de gerenciamento de risco hospitalar? 

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