O Brasil tem uma das maiores taxas de inflação médica de todo o mundo — e o aumento do número tem se mostrado um fenômeno global. E é claro que um dado tão relevante impacta diretamente a saúde suplementar no País e, por consequência, a população.
A inflação médica, também chamada de VCMH (Variação de Custo Médico-Hospitalar), é calculada e divulgada anualmente pelo IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar). Segundo o último relatório, publicado em novembro de 2022, a VCMH fechou em 23% em 2022.
Se você deseja saber mais sobre o assunto, continue a leitura. Neste artigo, você conferirá: o que é inflação médica, como a taxa é calculada e, ainda, quais fatores influenciam os números. Boa leitura!
O que é inflação médica e como a taxa é calculada?
De maneira geral, a inflação médica pode ser definida como a variação dos custos médico-hospitalares — por isso a sigla VCMH — que as operadoras de planos de saúde possuem por beneficiário.
Para calcular a taxa, é necessário verificar a soma do valor total dos custos que a operadora possui e, então, dividir o número pela quantidade de usuários ativos.
Desta maneira:
VCMH = valor total dos custos / quantidade de usuários ativos = %
O resultado será a porcentagem que representa a inflação.
Todos os anos, as operadoras de planos de saúde definem seus VCMHs e, com isso, aplicam reajustes nos valores cobrados de seus beneficiários. Estes cálculos podem ser realizados, ainda, com o apoio dos números divulgados anualmente pelo IESS.
O documento publicado em novembro de 2022 traz os números referentes ao período de 2021 a 2022. Nele, constam todos os fatores que compõem os custos das operadoras e suas respectivas porcentagens diante do valor total. Veja:
- Internação: 62%
- Terapia: 13%
- Exames: 10%
- OSA (Outros Serviços Ambulatoriais): 8%
- Consulta: 6%
Quais fatores influenciam os números da VCMH?
Por que a inflação aumenta? O cálculo da inflação médica considera alguns fatores que contribuem para a variação de custos dos serviços de saúde. Um dos principais se refere à frequência de utilização de serviços, tais como consultas, exames e procedimentos cirúrgicos.
Outros fatores também são destaque no cálculo, como:
- envelhecimento da população;
- adoção de tecnologia no sistema de saúde;
- custo de medicamentos — que, muitas vezes, é influenciado pelo valor do dólar;
- maus hábitos que comprometem a saúde da população.
Conforme apontado acima, o aumento nos custos de saúde — ou seja, na VCMH — impactam diretamente a saúde suplementar. Tanto as operadoras de saúde quanto seus usuários tendem a sofrer com a alta dos números — além do sistema público de saúde.
Qual é a influência da inflação médica na saúde suplementar?
Inflação médica, então, consiste em um número importante para determinar os custos de um plano de saúde. É simples de se pensar, quanto maior a inflação, maior será o valor cobrado pelas operadoras.
Nesse cenário, os usuários podem não conseguir mais arcar com os valores, o que irá trazer prejuízos para as operadoras. Com menos condições de manter os negócios, é possível que muitas fechem.
Por fim, a soma desses fatores, por fim, impacta o sistema público de saúde, que vai precisar absorver uma quantidade crescente de pacientes — com demandas das mais simples às mais complexas.
A boa notícia é que, para driblar tais dificuldades, é possível contar com o auxílio da tecnologia.
A Carefy, por exemplo, conta com um software cujo foco é possibilitar o monitoramento de toda a operação de empresas de saúde com indicadores personalizados.
Continue a acompanhar nosso blog para saber mais sobre temas relacionados à saúde suplementar e conheça nossas soluções acessando nosso site. Clique aqui!