Pode não parecer, mas os locais de atendimento de saúde, hospitais e clínicas, são locais onde mais podem contrair algum tipo de infecção. Apesar dos esforços em ser um local higienizado a todo momento, ainda há uma % de se contrair algo.
Problemas como uma má gestão em saúde podem causar males para os pacientes internados nas dependências do local.
Você já ouviu falar no termo cirurgia segura? São práticas criadas para manter a segurança do paciente durante as operações cirúrgicas. Elas foram estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Joint Commission International (JCI) para reduzir o risco de eventos adversos que podem causar problemas à vida do paciente internado.
Segundo a OMS, estima que 7 milhões de pacientes passam por complicações pós-operatórias e que 1 milhão vem a óbito por causa desses eventos adversos, durante e depois de uma operação cirúrgica.
Para a redução desses casos, a OMS e a JCI em conjunto criaram condutas para a segurança do paciente, chamadas de Metas Internacionais da Segurança do Paciente. Visando reduzir o risco de problemas nas instituições de saúde.
Neste artigo, entenderemos quais são as 6 metas internacionais de segurança do paciente! Boa leitura!
Quais são as 6 metas internacionais?
Como já falado anteriormente, o objetivo das metas internacionais é reduzir os riscos da segurança do paciente causados por diversos fatores, propondo um ambiente agradável, higienizado e seguro para o paciente.
Dessa maneira, reduzindo as consequências de um atendimento realizado de forma instável.
1. Identificação do paciente corretamente
É o primeiro passo para a segurança do paciente. É importante colher todas as informações dos pacientes corretamente a fim de evitar erros, como, por exemplo, aplicar medicamentos errados, se o paciente é realmente o destinatário para o tratamento prescrito.
Dentre as informações da coleta de dados do paciente, essas são umas das principais:
- Nome completo;
- Data de nascimento;
- Documento de identificação (RG, CPF);
- Documento de atendimento e procedimentos de confirmação no registro do prontuário.
Além disso, a coleta precisa dos dados, também reflete na experiência do paciente. Pois ele não precisará repetir novamente seus dados pessoais.
2. Eficiência na comunicação
Outra meta internacional, é a eficácia na comunicação interna entre os responsáveis pelo atendimento dos pacientes. Já que o entendimento da situação do paciente deve ser clara e concisa com todos os membros da equipe. Segundo o Instituto Brasileiro de Segurança do paciente, cerca de 70% dos erros são resultados da falta de comunicação entre as equipes.
Aliás, não somente a comunicação entre as equipes, mas também entre pacientes e médicos. Uma comunicação eficiente permite os médicos saberem de todo o estado do paciente, suas emoções, seus problemas.
E novamente essa meta se reflete na experiência do paciente, já que uma comunicação eficiente reduz ruídos que podem causar diversos prejuízos.
3. Intensificar a segurança de medicamentos de alta vigilância
A terceira meta visa intensificar a segurança dos medicamentos aplicados aos pacientes. A dosagem de medicamentos nos pacientes deve ser feita precisamente, pois esse erro pode ter consequências graves, até ameaçar a vitalidade do paciente.
O transporte e seus cuidados também entram na segurança de medicamentos. Por isso é importante consultar todas as informações dos pacientes, tais como seu quadro atual, alergias, etc.
4. Assegurar que as cirurgias sejam feitas em um local totalmente apropriado
Problemas com cirurgias podem causar graves complicações para os pacientes. Mesmo os procedimentos mais simples podem ser alvos de erros.
Assim, é de extrema importância que haja um cuidado dobrado quando o paciente necessita de cirurgias. Eventos adversos podem ocorrer durante e depois de uma operação.
- Durante: O paciente pode ter alguma alteração no momento da operação, podendo levar até óbito.
- Pós-operação: O paciente pode contrair algum tipo de infecção, problematizando a recuperação de sua saúde.
Veja um pequeno checklist importante para a segurança do paciente em um procedimento cirúrgico:
- Conferência os dados do paciente, são novamente importantes;
- Conferência do local da cirurgia, tais como limpeza do local, dos equipamentos;
- Conferência dos equipamentos usados durante a operação;
- Conferência de medicamentos corretos e sua dosagem.
5. Diminuir o risco de infecções
Problemas da recuperação do paciente estão geralmente relacionados a infecções contraídas, durante uma cirurgia ou pós-procedimento. Para um ambiente hospitalar reduzir esses riscos é um desafio diário.
Assim, é uma tarefa séria reduzir o risco dos pacientes contraírem algum tipo de infecção, o ato de realizar a higienização das mãos ainda é muito importante.
A higienização das mãos começou a ser difundida no século XIX. De lá para cá ela é uma etapa indispensável dos cuidados ao paciente. Confira abaixo quando higienizar as mãos.
- Ao entrar em contato direto com o paciente;
- Ao trocar peças de cama;
- Ao entrar em contato com roupas dos pacientes;
- Ao entrar e sair de um procedimento cirúrgico;
- Ao entrar em contato com fluidos corporais.
Itens para a higienização correta das mãos:
- Água corrente;
- Sabonete líquido;
- Álcool em gel.
6. Diminuir o risco de quedas dos pacientes
O risco de queda de um paciente no ambiente hospitalar pode gerar consequências graves para a saúde.
Visto isso, uma das metas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) visa reduzir esses eventos, que podem complicar a recuperação do paciente.
Para pacientes com doenças que limitam seus movimentos ou aqueles sob o efeito de algum medicamento que causa essa limitação temporária, a vigilância constante é essencial.
Além da observação, é importante que o hospital ofereça objetos que auxiliem a locomoção do paciente, como barras, leitos adaptados, cadeiras de rodas, etc.
Por fim, é importante verificar regularmente se os objetos continuam em bom estado para uso, realizando a troca quando necessário. Com esses cuidados, o risco de queda pelos pacientes é diminuído, preservando sua saúde.
Passos para implementação das metas internacionais de segurança do paciente
Por fim, há alguns passos que são relevantes ao dobrar a segurança do paciente na sua instituição. Confira abaixo alguns dos passos:
Comprometimento: Esse é um ponto importante que já discutimos em outros conteúdos. É importante que toda a equipe esteja ciente das metas a serem cumpridas, bem como o comprometimento em implementá-las.
Situação atual: É preciso avaliar a situação atual em que a instituição se encontra em relação às metas de segurança e também quais áreas que precisam ser melhoradas.
Desenvolva um plano de ação: Tendo como base a avaliação, é necessário desenvolver um plano de ação consistente e detalhado para implementar as metas internacionais de segurança do paciente. O plano deve incluir:
- Objetivos específicos
- Indicadores de desempenho
- Metas
Implementação do plano e monitoramento: Esta fase diz respeito ao momento da implementação do plano de forma prática, aqui é importante que todas as ações do plano sejam monitoradas regularmente, assim, garantindo que as metas internacionais sejam alcançadas.
Aqui também entra a avaliação contínua, garantindo que elas continuem sendo efetivas e que novas ações possam ser implementadas se necessário.
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