Proteger os dados de saúde das instituições é um processo essencial que garante a segurança dos pacientes, dos médicos e de todos os colaboradores das instituições.
Com a chegada da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), a segurança de dados se tornou um assunto cada vez mais importante e discutido na área da saúde.
Afinal, informações médicas são pessoais, sensíveis e sigilosas, ou seja, exigem um nível de segurança ainda maior do que os dados pessoais comuns.
Felizmente, é possível aumentar a proteção das informações seguindo dicas básicas de segurança. Continue a leitura e descubra quais são elas!
Guia para proteger os dados de saúde das instituições
1. Conheça os ataques mais comuns de hackers
Saber quais são as falhas de segurança mais comuns é fundamental para evitar que seus dados sejam expostos.
Veja a seguir quais são as técnicas de ataque cibernético mais usadas em instituições de saúde.
- Phishing: a palavra phishing é resultado da união de dois termos, fishing (pescar) e phreak (phone freak). Ou seja, é quando os hackers usam ligações e mensagens fingindo ser outras pessoas. Por exemplo, se alguém mal-intencionado envia uma mensagem com um desconto super exclusivo de uma loja conhecida, ao clicar no link, você compartilha seus dados pessoais com o cibercriminoso. Nesse caso, a dica é sempre desconfiar das mensagens e ligações que recebe de números desconhecidos. Não clique em nenhum link e nem passe nenhuma informação se você não tem certeza de que é um contato válido;
- Baiting: costuma acontecer em ambientes de trabalho, quando o hacker infecta um dispositivo (como um pen drive) com um malware (software malicioso). Alguém pode conectar o pen drive infectado por curiosidade no computador, instalar arquivos, e instantaneamente o hacker tem controle total do dispositivo;
- Pretexting: os fraudadores fingem ser pessoas ou empresas de confiança. Normalmente eles têm informações básicas que podem ser encontradas na internet, como nome, endereço e e-mail, confirma os dados que “têm no sistema da empresa” e pergunta novas informações para atualizar o cadastro. Como a vítima acha que está conversando com alguém de confiança, passa os dados pessoais sem notar que é um golpe.
Para não ser atingido por essas técnicas, é preciso desconfiar de qualquer contato ou dispositivo que você não conheça, além de mapear possíveis falhas de proteção da instituição.
Se os colaboradores deixam suas senhas anotadas em post-its, por exemplo, é preciso conscientizá-los sobre a importância de proteger suas senhas e não compartilhá-las com ninguém.
2. Registre seus dados apenas em sites e sistemas criptografados
A criptografia é um conjunto de técnicas e mecanismos que codificam os dados de um site ou sistema para que apenas pessoas autorizadas consigam acessá-los.
Alguns softwares médicos possuem a criptografia SSL 256 bits, utilizada por sistemas bancários, que garante a leitura apenas por profissionais de saúde autorizados.
Ou seja, qualquer site, plataforma, sistema, inclusive prontuários eletrônicos que possibilitam o registro de informação, devem ter criptografia.
Você pode identificar a segurança de um site pelo certificado SSL, ou seja, por meio do “HTTPS” no início da URL (endereço eletrônico do site), ou pelo ícone de cadeado.
3. Siga as boas práticas de segurança de senhas
Na hora de criar uma senha, lembre-se de adicionar letras maiúsculas, minúsculas e números aleatórios.
Se você adicionar algo simples como sua data de aniversário, um hacker consegue facilmente descobrir suas senhas e acessar todas suas informações.
Para criar senhas únicas e fortes, siga estas dicas:
- Adicione no mínimo 6 caracteres;
- Coloque letras maiúsculas, minúsculas, números e símbolos como @$*
Você pode criar senhas aleatórias e seguras ao buscar por um gerador de senhas na internet.
4. Conte com um software médico na nuvem
A melhor forma de garantir a proteção de dados de instituições de saúde é contar com um sistema médico na nuvem, ou seja, um software que centralize as informações em um único local.
O armazenamento na nuvem significa que os dados da instituição estão guardados em um servidor online que fica sempre disponível na internet, e é possível acessá-lo de qualquer lugar, a qualquer momento.
Mesmo que seus dispositivos sejam hackeados ou aconteça algum acidente como derramamento de líquidos, as informações não serão prejudicadas por estarem na nuvem.
Com essa segurança, você garante a seus pacientes que suas informações não serão perdidas, algo fundamental para órgãos regularizadores como o CFM (Conselho Federal de Medicina).
5. Treine seus colaboradores
Não adianta ter o sistema mais seguro do mundo se os colaboradores da instituição não conhecem as dicas básicas de proteção de dados. Portanto, investir no treinamento da sua equipe é fundamental.
Algumas empresas optam por disponibilizar cursos sobre segurança para os funcionários, enquanto algumas passam orientações diretas como:
- Não registrem suas informações em sites sem HTTPS;
- Nunca cliquem e compartilhem correntes de mensagens no WhatsApp e Messenger sem conferir a fonte dos dados, muitos são golpes ou informações falsas;
- Suas senhas não podem ser compartilhadas ou escritas em um local de fácil acesso, como post-its ou cadernos.
6. Use antivírus e faça backups diários
Usar um antivírus e firewall atualizados é um passo imprescindível quando falamos em proteção de dados. Eles são extremamente importantes e não podem ser deixados de lado.
Por isso, se sua instituição ainda não conta com eles, implemente agora mesmo.
Além disso, os backups diários também aumentam sua segurança. Os backups são atualizações que copiam seus dados e os deixam salvos, como o backup de mensagens do WhatsApp.
Vamos supor que você tenha programado o backup do WhatsApp para ser realizado toda noite. Se na manhã do dia seguinte seu celular precisar ser formatado, as conversas serão recuperadas até o último backup.
Ou seja, se você nunca faz backups, todas as suas informações podem ser perdidas.
Um sistema para clínicas, hospitais e demais instituições de saúde, costuma fazer backups diários, justamente para aumentar a proteção de dados.
7. Considere ter um seguro de riscos cibernéticos
Como qualquer outro seguro, um seguro de riscos cibernéticos não é obrigatório e existe a possibilidade de você nunca precisar dele, mas caso precise, ele será um verdadeiro salvador.
Um seguro de riscos cibernéticos protege a instituição de saúde em qualquer caso de comprometimento da proteção de dados.
Dependendo do contrato, ele pode cobrir custos legais como multas de vazamento de dados, que segundo a LGPD, chegam a 50 milhões de reais.
Ao seguir todas as dicas deste conteúdo, você protege os dados de instituições de saúde e pode se sentir mais seguro no dia a dia.
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