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A gestão baseada em valor tem sido frequentemente apontada como uma estratégia promissora para melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços de saúde. 

No entanto, apesar disso, essa estratégia ainda enfrenta desafios significativos no setor da saúde suplementar. 

Neste artigo, exploraremos por que a gestão baseada em valor continua a ser um longo caminho a percorrer para a saúde, destacando o porquê isso acontece.

Boa leitura!

Gestão baseada em valor: o que é?

A gestão baseada em valor é uma abordagem que busca melhorar os resultados dos pacientes enquanto controla os custos. 

A estratégia faz parte da medicina baseada em valor, que a cada dia se torna mais conhecida.

Na prática, esse tipo de gestão se concentra na entrega de cuidados de saúde de alta qualidade que atendam às necessidades individuais dos pacientes, evitando tratamentos desnecessários.

Ou seja, a prioridade é focar no que realmente importa para os pacientes. 

Em teoria, essa abordagem parece ideal.

Mas, na prática, infelizmente existe uma série de desafios que a tornam difícil de implementar de forma eficaz.

Desafios da gestão baseada em valor

Separamos os três principais desafios desse modelo para abordar hoje. Confira! 

Burocracia e uso de papéis 

Um dos principais desafios que os gestores de saúde enfrentam ao tentar adotar a gestão baseada em valor é a burocracia e a papelada excessiva que ainda é utilizada nas instituições. 

O sistema de saúde possui grande complexidade e regulamentação rigorosa, o que muitas vezes resulta em uma carga administrativa pesada. 

Isso pode dificultar a implementação eficaz de medidas baseadas em valor, uma vez que os profissionais de saúde e os gestores são sobrecarregados com tarefas administrativas, deixando menos tempo para o cuidado direto ao paciente.

Na prática, podemos pensar no seguinte cenário: um profissional de saúde, por vezes, passa mais tempo preenchendo papeladas do que falando com seus pacientes… Tudo por conta de burocracias que ainda acontecem de forma manual.

Conflitos de interesse entre as instituições

Outro obstáculo significativo é a existência de conflitos de interesse entre instituições de saúde, seguradoras e prestadores de serviços. 

Em muitos casos, essas partes têm incentivos e interesses conflitantes, o que pode desencorajar a adoção de práticas baseadas em valor. 

Nem sempre o objetivo de uma instituição é o objetivo da outra e essas divergências podem dificultar a colaboração e a implementação de estratégias baseadas em valor.

Ausência de interoperabilidade

A falta de interoperabilidade entre sistemas de saúde é outro obstáculo significativo para a gestão baseada em valor. 

Muitos sistemas de saúde utilizam plataformas de informação que não se comunicam entre si.

Isso torna difícil o compartilhamento de dados e a coordenação do cuidado, visto que nem todas as informações sobre os pacientes estão no mesmo lugar.

Tudo isso pode levar a lacunas no atendimento ao paciente e a uma falta de visibilidade sobre o histórico médico e os resultados, prejudicando a capacidade de adotar uma abordagem baseada em valor, focando naquilo que o paciente realmente precisa.

Falta de incentivos para a adoção do modelo

Além dos desafios mencionados acima, outro aspecto a ser considerado é a falta de incentivos para a adoção do modelo baseado em valor. 

Muitos sistemas de saúde ainda operam em um modelo de pagamento por serviço, no qual os profissionais de saúde são recompensados financeiramente por realizar mais procedimentos, independentemente dos seus desfechos.

Isso cria um ambiente em que os prestadores de serviços podem não ver benefícios financeiros claros na adoção de práticas baseadas em valor.

Ou seja, ainda faltam incentivos claros para a adoção do modelo baseado em valor.

Conclusão

A gestão baseada em valor é uma estratégia valiosa para melhorar a qualidade e a eficiência dos cuidados de saúde.

No entanto, como discutido neste artigo, infelizmente há uma série de desafios que tornam seu caminho um tanto quanto longo. 

A burocracia, os conflitos de interesse, a falta de interoperabilidade e de incentivos são questões que precisam ser abordadas de forma abrangente para que a gestão baseada em valor possa ser efetivamente implementada e beneficiar tanto os pacientes quanto os gestores e profissionais de saúde

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