Nós já falamos sobre várias inovações tecnológicas que estão mudando a saúde brasileira, como a saúde 5.0, inteligência artificial (IA) ou internet das coisas (IOT), e como elas afetam diretamente a saúde.
Hoje falaremos de um novo conceito, o phygital.
Trata-se de um conceito que se fortaleceu, principalmente após a pandemia de COVID-19. Como as pessoas estavam realizando o isolamento dentro de suas casas, a única maneira delas de certa forma “saírem” era através da internet.
Com isso, novas formas de interação começaram a surgir, unindo o físico e o digital!
Sendo assim, no conteúdo de hoje entenderemos melhor como funciona o phygital e como se aplica na saúde. Boa leitura!
O que é phygital?
Apesar de ser um conceito que vem ganhando grande força atualmente, na verdade, ele já está sendo usado há alguns anos. A palavra phygital provém do inglês, com a junção das palavras phy (physical = físico) e gital (digital), que foi cunhado em 2015 por Kevin McKenzie, vice-presidente de uma rede de shoppings na Austrália.
Na época, McKenzie empregou o termo para se referir aos consumidores que iam às compras no shopping e trafegavam entre o mundo físico e o digital através de seus smartphones.
Com a pandemia COVID-19 que mudou como as pessoas interagem, o físico e o digital se fundiram como nunca visto antes e o phygital foi tomando forças.
O conceito trata-se da união entre os dois mundos, como falado na linha acima. Essa união não somente é algo simples, mas sim um conceito completo que se complementa.
Podemos enxergar a realidade não como algo somente físico, mas sim digital.
Mesmo que esse universo não seja 100% palpável ele está fixado em nossas vidas. E você utiliza ele todos os dias!
Por exemplo: operadoras de saúde realizavam auditoria tradicionalmente, pois mesmo com o acesso à tecnologia os processos envolvendo essa atividade dependiam muito de papéis impressos. Hoje é possível que as operadoras realizem essa atividade de forma totalmente online, sem a necessidade do uso de papéis.
Não somente no que se refere às informações mas também às formas de se comunicação com outros profissionais, em vez de ir até onde ele está, ou mandar um e-mail, é possível haver a comunicação de forma rápida mediante chats.
Além disso, o phygital já está sendo introduzido na saúde, e claro que não se limita apenas a operadoras de saúde, mas também às demais organizações do setor.
Conceito no Brasil
No país o phygital vem com força. Em uma conclusão feita pela State of Mobile, em 2021 o brasileiro passa em média 5,4 horas por dia no celular, e esse aumento foi desencadeado principalmente pela pandemia.
Se pararmos para analisar, dormimos em torno de 8 horas por dia, ou seja, passamos quase a metade do dia usando smartphones.
Com isso é possível observar a força com que a internet se faz presente em nossas vidas, além também de ver que a pandemia, foi sim um marco para o avanço da tecnologia.
Phygital aplicado na saúde
Partindo para a realidade da saúde, o phygital já está sendo usado, apesar dos profissionais ainda não entenderem o conceito.
Eles já estão usando ferramentas que permitem a integração entre os dois mundos.
Um exemplo prático que podemos citar são as teleconsultas, onde o paciente em sua residência conversa com o médico no consultório, o médico, por outro lado, realiza perguntas para saber como está o estado do paciente.
É claro que certas barreiras ainda existem, por exemplo, o contato físico é limitado e isso pode evitar que a teleconsulta seja totalmente aproveitada.
Dentre o conceito de phygital, não podemos deixar de citar a saúde 5.0. Que coloca o paciente no centro do cuidado assistencial e isso é transparecido no phygital, pois coloca o paciente como protagonista, sendo mais proativo em se ajudar e melhorando seus resultados.
Os esforços para a união dos mundos é focado na experiência do paciente e em sua segurança, afinal, os profissionais buscam oferecer o melhor atendimento e com o auxílio da tecnologia isso é possível.
Temos um conteúdo completo a respeito da saúde 5.0. Dê uma conferida!
As dificuldades do conceito
Como falamos acima, existem algumas dificuldades da união entre os meios offline e online, sendo a principal delas o não aproveitamento completo de uma consulta à distância, por exemplo.
Não falaremos que isso será resolvido em um ou dois anos, mas podemos ser otimistas quando dizemos que essa dificuldade será reduzida.
Outro problema que citamos também é o não conhecimento por parte dos profissionais, dos avanços que o mercado sofre.
Isso se dá, pois as instituições de ensino acabam não abordando os desenvolvimentos tecnológicos.
Por exemplo: pense em você que está lendo o conteúdo, alguma vez citaram em sua graduação a respeito da saúde 4.0 e 5.0? Ou sobre os avanços possíveis com inteligência artificial?
Como resultado, profissionais que não entendem as mudanças acabam por optar pelo não uso dessas ferramentas. Tornando-a uma implementação complicada.
Para finalizar, tomemos como conclusão os seguintes pontos a respeito do phygital:
- Pandemia do COVID-19 foi um pontapé para o desenvolvimento de novas tecnologias;
- Que o digital está se unindo ao físico e mudando as formas que a saúde realiza suas atividades;
- Que ainda existem dificuldades do conceito, pois a adaptação leva tempo e existem algumas barreiras a serem superadas.
Agora que você entendeu melhor a respeito do conceito, não deixe de se inscrever na newsletter Carefy para receber semanalmente conteúdos estratégicos a respeito do mercado da saúde!
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