Entre os desafios dos gestores em saúde estão a criação, implementação e avaliação de diferentes processos. Mas um método pode trazer grandes melhorias para essas tarefas: o Process Mining. 

O que é Process Mining?

 Process Mining, inglês para Mineração de Processos, é uma recente área de pesquisa que usa ferramentas de inteligência artificial para aprendizado de máquinas (machine learning). 

A técnica pode ser usada com qualquer tipo de dado digitalizado de um processo, como prontuários eletrônicos ou logs marcando diferentes ações e etapas de um processo. O Process Mining pode ser usado de diferentes formas com objetivos específicos, mas todos relacionados à otimização de processos.

Descoberta e Conformidade

Chamamos de Descoberta o uso de Process Mining para identificar como um determinado processo ocorre, sem informar o algoritmo de qual processo gostaríamos ou imaginamos que ocorre. Assim, alimentando o algoritmo com dados das jornadas de vários pacientes, ele retornará um modelo de como essas jornadas têm ocorrido.

A partir disso, pode-se fazer um teste de conformidade. Neste caso, utiliza-se o Process Mining para verificar se o processo identificado corresponde ao que o gestor propôs, ou se algo está se desviando da proposta original. 

Por exemplo: será que pacientes que precisam de vários exames estão de fato realizando-os na ordem desejada? O atendimento e registros dos pacientes pelos diversos profissionais estão ocorrendo como planejado? Ao realizar a auditoria de contas está constando dados discrepantes? 

Este é o tipo de pergunta que utilizar Process Mining para Descoberta e Conformidade pode responder.

Aprimoramento

Há ainda outros tipos de perguntas que podem ser solucionadas com Process Mining, utilizando uma abordagem de aprimoramento. Por exemplo: qual etapa de um dado processo está sendo “gargalo” que dificulta o trabalho do gestor e/ou causa atrasos na jornada dos pacientes?

Com esse olhar do aprimoramento, pode-se perceber uma etapa que demora muito e impede que outras sejam executadas — digamos, um exame demorado e do qual se espera os resultados antes de dar os próximos passos. 

Também deve ser possível verificar que uma etapa não cumpre bem seu papel — no exemplo acima, seria possível perceber que tal exame raras vezes influencia nas decisões dos médicos e pacientes, portanto, pode ser utilizado apenas em casos mais específicos. 

Com esse tipo de dados em mãos, fica mais fácil para o gestor reorganizar os processos de modo a otimizá-los, economizando tempo e recursos, enquanto oferece uma experiência mais satisfatória aos pacientes.

Suporte Operacional

Se utilizarmos as técnicas de Process Mining descritas acima, e combinarmos com uma aplicação on-line de Mineração de Processos, teremos um Suporte Operacional.

Um sistema que, baseado no processo descoberto e aprimorado, junto de dados sendo alimentados assim que obtidos, oferece os melhores caminhos de um dado processo para cada caso. 

Esta é uma forma ainda mais elaborada de oferecer uma jornada personalizada para cada paciente, atendendo às suas necessidades específicas.

Qual o impacto do Process Mining na saúde?

Um experimento do impacto do Process Mining na saúde, chamado LATIN (Latin America Telemedicine Infarct Network — Rede de Telemedicina de Infartos da América Latina, em tradução livre) trouxe dados surpreendentes.

Atendendo 800 mil pessoas e diagnosticando infartos em mais de 8 mil delas, quase metade dos casos foram tratados — número bem superior à média de 5%. Além disso, houve redução de 50% da mortalidade. 

Tudo isso pela otimização dos processos envolvidos na rede de saúde – desde a chamada da emergência, passando pelo transporte e pela UPA, até o hospital. 

Estes números impressionam, e devem ser mais do que suficientes para convencer que a implementação de Process Mining na sua gestão de saúde será uma medida acertada.

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