O Brasil tem uma das maiores taxas de inflação médica de todo o mundo — e o aumento do número tem se mostrado um fenômeno global. E é claro que um dado tão relevante impacta diretamente a saúde suplementar no País e, por consequência, a população.
A inflação médica, também chamada de VCMH (Variação de Custo Médico-Hospitalar), é calculada e divulgada anualmente pelo IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar). Segundo o último relatório, publicado em fevereiro de 2022, a VCMH atingiu 18,2% em junho de 2021.
Se você deseja saber mais sobre o assunto, continue a leitura. Neste artigo, você vai conferir: o que é inflação médica, como a taxa é calculada e, ainda, quais fatores influenciam os números. Veja!
O que é inflação médica e como a taxa é calculada?
De maneira geral, a inflação médica pode ser definida como a variação dos custos médico-hospitalares — por isso a sigla VCMH — que as operadoras de planos de saúde possuem por beneficiário.
Para calcular a taxa, é necessário verificar a soma do valor total dos custos que a operadora possui e, então, dividir o número pela quantidade de usuários ativos.
O resultado será a porcentagem que representa a inflação.
Todos os anos, as operadoras de planos de saúde definem seus VCMHs e, com isso, aplicam reajustes nos valores cobrados de seus beneficiários. Os cálculos podem ser realizados ainda, com o apoio dos números divulgados anualmente pelo IESS.
O documento publicado em fevereiro de 2022 traz os números referentes ao período de junho de 2020 a junho de 2021. Nele, constam todos os fatores que compõem os custos das operadoras e suas respectivas porcentagens diante do valor total. Veja:
- Internação: 64%
- Terapia: 14%
- Exames: 10%
- OSA (Outros Serviços Ambulatoriais): 7%
- Consulta: 6%
Quais fatores influenciam os números da VCMH?
O cálculo da inflação médica considera alguns fatores que contribuem para a variação de custos dos serviços de saúde. Um dos principais se refere à frequência de utilização de serviços, tais como consultas, exames e procedimentos cirúrgicos.
Outros fatores também são destaque no cálculo, como:
- envelhecimento da população;
- adoção de tecnologia no sistema de saúde;
- custo de medicamentos — que, muitas vezes, é influenciado pelo valor do dólar;
- maus hábitos que comprometem a saúde da população.
Conforme apontado acima, o aumento nos custos de saúde — ou seja, na VCMH — impactam diretamente a saúde suplementar. Tanto as operadoras de saúde quanto seus usuários tendem a sofrer com a alta dos números — além do sistema público de saúde.
Qual é a influência da inflação médica na saúde suplementar?
A inflação médica, então, consiste em um número importante para determinar os custos de um plano de saúde. Quanto maior a inflação, maior será o valor cobrado pelas operadoras.
Nesse cenário, os usuários podem não conseguir mais arcar com os valores, o que irá trazer prejuízos para as operadoras. Com menos condições de manter os negócios, é possível que muitas fechem.
A soma desses fatores, por fim, impacta o sistema público de saúde, que vai precisar absorver uma quantidade cada vez maior de pacientes — com demandas das mais simples às mais complexas.
A boa notícia é que, para driblar tais dificuldades, é possível contar com o auxílio da tecnologia. A Carefy, por exemplo, conta com um software que tem como foco possibilitar o monitoramento de toda a operação de empresas de saúde com indicadores personalizados.
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