O metaverso está se tornando cada vez mais realidade, diversas notícias vêm à tona para nos apresentar um novo avanço que irá mudar o modo de interação social, mercadológica, etc. De várias mudanças e inovações, destacamos algo importante e que já está sendo colocado em prática – o metaverso na saúde.
No conteúdo de hoje você verá como o metaverso na saúde irá transformar as operadoras de saúde. Boa leitura!
O que é o metaverso?
O metaverso é um conceito que surgiu na obra de Neil Stephenson, chamada “Snow Crash” (“Nevasca”, adaptação em português), lançada em 1990. Essa terminologia é utilizada para explicar um universo digital que muita das vezes tenta replicar a realidade.
Ele é a soma de vários dispositivos que permite a entrada nesse universo, dentre eles:
- Realidade virtual,
- Realidade aumentada,
- Internet.
O metaverso estava muito presente em jogos eletrônicos, por exemplo, o jogo chamado VRChat, onde coloca vários usuários em salas, onde eles podem interagir entre si usando avatares personalizáveis, eles podem por exemplo, conversar chat de voz, pegar objetos no cenários, etc.
Mas de alguns anos para cá, essa realidade foi vista muito mais como um simples jogo para passar o tempo e sim tornar parte da vivência humana. Uma das visões do metaverso é você poder integrar a realidade com o virtual. Dessa maneira você gestor pode realizar reuniões com a equipe mesmo estando distantes.
Além disso, o metaverso também planeja mudar o mercado, podendo ter até um cargo virtual ou tendo sua própria operadora de saúde virtual (que atua conjuntamente na realidade).
O metaverso na saúde
Como você acompanhou, o metaverso veio para trazer mudanças que vão além da nossa realidade. Essas mudanças, diferentemente do que muitos pensam, ela já está acontecendo nesse momento. Apesar do caminhar ainda ser grande, estudos mostram que o futuro está mais próximo do que imaginamos.
O metaverso na saúde traz uma nova visão para as operadoras de saúde. Por exemplo, como citamos acima, um gestor pode realizar reuniões com a equipe a longas distâncias.
Você pode estar pensando que já faz isso usando por exemplo o Google Meet, porém o que o metaverso propõem é que esses momentos sejam além de uma reunião online e sim uma verdadeira vivência dentro do digital.
Você já pode ter percebido que em quase todas reuniões há uma falha na conexão com algum participante, o que com certeza gera frustrações e às vezes a reunião nem se completa por causa desses problemas técnicos.
Visto isso, dentro do metaverso essas falhas serão menos comuns.
Gestores podem criar maquetes para exemplificar sua ideia, criar gráficos ou até desenhos. Como é um ambiente virtual as maneiras de realizar uma ação são inúmeras. Não somente reuniões mas verdadeiras tomadas de decisões serão mais precisas.
Uma pesquisa feita pelo Toluna mostrou que 20% da população brasileira já possui contato com essa realidade. Esse número inicialmente parece pouco, porém segundo a Gartner (empresa de consultoria tecnológica) 30% da população mundial terá acesso ao metaverso e 25% passará ao menos 1 hora dentro dele em 2026.
Isso nos mostra o grande avanço que a nova realidade terá em nossas vidas.
Treinamentos de equipes
Com o metaverso na saúde o treinamento de equipes poderá ser feito de qualquer local. Criando salas interativas e fora do convencional. A exemplificação também será menos complicada, com exemplos visuais em alta definição, de maneira geral o aprendizado será mais rápido.
Gestão de dados mais rápidos
Gestores terão acesso aos dados em questão de segundos, o que facilita a tomada de decisões. Além disso, autorização ou não de processos, redução de custos desnecessários, aumento da produtividade da operadora, etc.
Gestão de contas mais precisa
É possível gerir de maneira eficaz as contas das operadoras, novamente evitando gastos desnecessários e principalmente a redução glosas hospitalares. A gestão de contas evita a inflação médica e garante aumento financeiro da operadora.
Não somente esses benefícios para as operadoras, os hospitais também acompanharão as mudanças, por exemplo, consultas no metaverso serão mais eficientes, o biodesign que permite criar modelos de partes do corpo que auxiliam os médicos a estudarem e entenderem melhor o problema do paciente.
Nesse artigo falamos mais sobre o como a tecnologia está mudando a vida do médico. Confira!
Desafios do metaverso na saúde
É claro que existem muitos desafios a serem superados para que o mercado da saúde seja mais concretizado. Um problema que ainda é presente é em relação a proteção de dados, no Brasil temos a Lei Geral de Proteção de Dados ( LGPD) que protege os dados coletados das pessoas, principalmente dados sensíveis que são tratados em operadoras de saúde.
Problemas como vazamento de dados ainda é um desafio para o metaverso. Pois fomentar uma proteção eficaz contra invasores é de certa forma complicado em um grande universo.
De acordo com Julia Peranovich, advogada na AP Digital Service, em entrevista para a a revista EXAME ela afirma o seguinte:
“A melhor maneira do metaverso se enquadrar na LGPD é adotar medidas rígidas de tratamento e armazenamento de dados, evitando o compartilhamento indevido e quaisquer outros problemas que dele possam suceder, além de adotar uma medida bem clara de quais dados serão utilizados e por qual motivo e, ainda, fazer um termo de permissão de uso de dados, de forma em que as pessoas realmente leiam o termo”.
Tratar dados no metaverso ainda é uma discussão presente. Além disso, não somente a LGPD mas também respeitar as leis de proteção de dados dos demais países do mundo como a Health Insurance Portability and Accountability Act (HIPAA), lei norte-americana de proteção de dados.
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