Guia auditoria

Provavelmente você já deve ter ouvido falar de interoperabilidade, mesmo que não tenha pesquisado ao fundo para descobrir do que se trata. Este é um assunto que está em alta ultimamente, e que impacta diretamente na gestão de sua organização. Seja operadora de saúde, cooperativa médica, clínica, hospital, etc. Todas são impactadas pela interoperabilidade. 

Já adiantamos que a interoperabilidade na saúde é um desafio para o setor, principalmente pelo fato do investimento em tecnologia não ser nada barato e que demanda também uma transformação completa nas atividades da instituição. 

Apesar disto, aqui na Carefy costumamos dizer que nem tudo é impossível, e que a aplicação da interoperabilidade no setor da saúde, não precisa ser algo temível. Ainda que, requer sim um grande trabalho, não precisa ser levado para o lado negativo ao ponto de excluir de suas operações. 

É por isso que, no conteúdo de hoje, entenderemos a interoperabilidade e como superar este desafio na saúde. Bem como exemplos de softwares. Boa leitura! 

Interoperabilidade: do que se trata? 

Conceito vindo da tecnologia da informação, trata-se a respeito da comunicação entre sistemas e ferramentas de uma mesma instituição de saúde. Ou seja, a capacidade destas ferramentas de trocarem informações entre si, sem a necessidade de intervenção humana para tal. 

Esta troca de dados é muito importante, pois o setor da saúde trabalha diariamente com dados, principalmente dados sensíveis. Sendo assim, o uso de interoperabilidade nas instituições, auxiliam na organização e gestão destes dados, para serem usados eficazmente. 

O uso na saúde beneficia não somente as instituições. Mas também se reflete nos pacientes, pois com dados melhores geridos, é possível oferecer um serviço mais assertivo e de qualidade. 

Desafios da interoperabilidade na saúde

De fato, a implantação da interoperabilidade é algo grande, principalmente, pois muda “todas as estruturas” que a empresa usa atualmente. Para a interoperabilidade ser efetiva é preciso alterar e transformar o modo como a instituição se comporta, seus processos, suas atividades, etc. 

Com isto, muitos gestores optam por não prosseguirem com a implantação, pois possuem receio de perderem informações ou que a interoperabilidade não saia como esperado. 

Padronização

Para a implantação ser feita eficazmente, primeiro de tudo é preciso haver padronização. Ou seja, é preciso haver uma padronização prévia das informações, como quais sistemas serão usados, quais as etapas das informações. 

Porém, não é o cenário que observamos. Tudo precisa estar organizado para evitar erros e dúvidas. As instituições de saúde, como operadoras, ainda é comum o uso de documentação impressa para realizar maior parte de suas atividades. 

E, ao padronizar, é comum haver muitos problemas, principalmente, pois as instituições não estão preparadas para “largar” de vez o uso de documentos impressos. 

Além também da dificuldade de digitalização, que pode ser um fator de perdas documentais essenciais para a instituição. 

LGPD e segurança de dados 

A Lei Geral de Proteção de Dados é de extrema importância para não ocorrer uso indevido de dados sensíveis de pacientes. E ao investir em interoperabilidade, é preciso considerar que há probabilidade de vazamento, pois, como se mexe com fluxo grande de dados, é cabível que problemas ocorram. É por isso que é preciso também construir uma barreira forte de proteção de informações. 

Além disso, vale ressaltar que a multa por vazamento de dados de pacientes é grande, podendo chegar até 2% do faturamento da empresa.  

Falta de treinamento e instrução adequada

A falta de treinamento nas instituições, é um fator-chave para a implementação, não apenas da interoperabilidade, mas também de demais modelos. Empresas que não investem em treinamento adequado para seus colaboradores estão fadadas a cometerem uma sucessão de erros. 

Tais treinamentos não devem se limitar apenas a um grupo específico, mas sim todos os que estão envolvidos direta ou indiretamente com o fluxo de dados. 

Também, é comum que alguns colaboradores tenham dificuldades com novas tecnologias, e, se não forem ensinados corretamente, poderão executar a tarefa não muito eficiente, podendo deixar pontas soltas, que podem se tornar um problema. 

Como superar o desafio da interoperabilidade?

Apesar das dificuldades citadas acima, nada está perdido, com planejamento e organização, é possível realizar de forma que a instituição não saia prejudicada. 

Confira abaixo!

Tenha uma visão clara e definida

Ter uma visão clara, significa que você sabe o momento e os motivos certos para a implementação da interoperabilidade. Crie um roteiro que responda algumas perguntas, como: 

  • Por onde começar a fazer?
  • Qual o momento correto a se fazer?
  • Quais tecnologias precisamos?
  • Qual será o investimento necessário? (tanto financeiros quanto comprometimento) 

Além disso, aqui é importante você criar um plano detalhado a respeito de tudo que será feito para a implantação, tais como as mudanças que ocorreram e também um plano de gestão de crise, caso ocorra problemas. 

Contratar sistemas não dependentes de integração

Uma das maiores preocupações de um gestor de saúde ao contratar um sistema é a necessidade de integração entre esses softwares e o tempo até a finalização deste projeto. Assim, é fundamental que, antes de contratar um novo sistema, que a gestão analise alguns pontos importantes: 

  • Esse sistema consegue funcionar, em um primeiro momento, sem depender de integração?
  • Esse sistema é capaz de gerar resultados de forma independente?
  • Esse sistema já está integrado com o meu ERP?
  • A empresa contratada tem experiência em integrar sistemas complexos?

Por exemplo, o Carefy consegue gerar resultados de redução de custo e aumento da eficiência do time mesmo sem estar integrado com o ERP da operadora de saúde.

Isso porque, o módulo de auditoria concorrente é independente, e consegue captar os dados dos auditores in loco e a equipe interna consegue monitorar 100% dos pacientes internados em tempo real. 

Mas caso a instituição precise do processo de integração por questões estratégicas, essa opção de usar sistemas de forma independente ajudam a “ganhar tempo” e mostrar resultados de forma mais rápida enquanto a integração é realizada.

Colaboração entre os setores

A implementação requer a colaboração entre os diferentes setores, incluindo provedores de assistência médica, pagadores de saúde e agências governamentais. A colaboração pode ajudar a garantir que as soluções de interoperabilidade sejam compatíveis e adotadas com sucesso em toda a instituição.

Faça gradualmente

Aplique a interoperabilidade incrementalmente, realizando com pequenas mudanças, desta forma é possível haver o acompanhamento e revisão de como está sendo a mudança após a aplicação. Além disso, ao incrementar, é possível realizar testes, analisando o que está dando certo e o que não está dando. 

Assim a instituição evita realizar tudo abruptamente, colocando risco de uma mudança disruptiva que pode prejudicar a empresa. Realizando gradualmente, gestores conseguem acompanhar e tomar decisões assertivas. 

Por fim, percebemos que a interoperabilidade é uma ótima aliada na saúde, auxiliando as instituições com dados unificados, simplificando processos que antes eram demorados e tornando o acesso facilitado. 

Ferramentas para levam em consideração a interoperabilidade

Como falamos acima, o uso da interoperabilidade nas instituições, traz uma melhor logística de dados. A tecnologia permite a troca de informações de pacientes de forma rápida. Desta forma, os profissionais possuem rápido acesso a determinadas informações. 

Por exemplo, na auditoria de contas hospitalares, é possível conferir todos os dados do que foi realizado com o paciente no período em que estava realizando determinado tratamento. Ou até mesmo pacientes que estão em Home Care, o enfermeiro tem acesso às suas informações e pode além de acessar, incluir novas observações, etc. 

Ao usar a interoperabilidade nas instituições, os gestores estão investindo em tecnologias eficazes, que irão auxiliar os profissionais a melhorarem seus serviços. 

Confira abaixo alguns exemplos de ferramentas que usam a interoperabilidade como base. 

1. Troca de informações na saúde suplementar (TISS) 

TISS, é uma metodologia padronizada de troca de informações entre operadoras de planos de saúde e a agência reguladora. O padrão TISS, visa a troca de informações entre as partes, desta forma facilita a troca, além também de promover boas práticas e evitar que os dados sejam perdidos. 

Além disso, hospitais que estejam em contrato com alguma operadora de saúde, também é obrigatório o uso do TISS. A base para o funcionamento do TISS é a interoperabilidade, desta forma as informações são mais ágeis, eficientes e claras. 

Confira neste conteúdo tudo sobre o padrão TISS e como é usado

2. Sistema ERP

Enterprise Resource Planning ou Planejamento e Recursos de Empresa, trata-se de uma gestão focada na integração de dados de uma empresa, de modo a compartilhar dados e informações sobre diversos processos da empresa, como indicadores econômicos e gerenciais.

O sistema ERP não é usado somente na saúde, mas sim em todos os setores, já que é uma ferramenta de gestão, que não se limita apenas a um segmento. 

Por meio do ERP é possível realizar:

  • Gerenciamento de contas
  • Emissão de notas fiscais
  • Gestão de recursos humanos (RH)
  • Automação de processos

3. Software de auditoria 

São ferramentas importantes para realizar a auditoria eficazmente. Com software de auditoria é possível prever riscos, identificar problemas e oferecer oportunidade de melhora na qualidade dos serviços. 

Um software de auditoria, como o Carefy, centraliza as informações em uma plataforma, evitando que dados e informações pertinentes sejam perdidas. Estas ferramentas são importantes para as instituições, visando trazer eficiência nas suas operações. 

Com um software de auditoria é possível: 

  • Reduzir custos de internações;
  • Melhorar a gestão de processos;
  • Acompanhar as equipes em tempo real;
  • Ter melhor assistência ao paciente;
  • Acessar as sinalizações de não-conformidade;
  • Tomar decisões mais assertivas.

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