O ambiente hospitalar é sempre o mais adequado para um paciente que necessita de cuidados. No entanto, algumas vezes, problemas na gestão em saúde podem causar prejuízos ao internado.
E para minimizar esse risco, foram criadas 6 metas internacionais de segurança do paciente. Continue a leitura para saber mais.
O objetivo dos protocolos consiste em criar padrões globais de assistência segura, em ambientes de saúde.
Os documentos foram elaborados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Joint Commission International — entidade que realiza acreditação hospitalar.
Neste artigo, vamos apresentar quais são as 6 metas internacionais de segurança do paciente.
Além disso, explicaremos também como os protocolos ajudam a proteger a integridade de quem está sob cuidados médicos. Então, continue a leitura!
Meta 1: melhorar a precisão da identificação do paciente
O primeiro passo para garantir a segurança do paciente é sua correta identificação.
Essa é uma etapa que deve ser concluída com 100% de êxito, antes de qualquer procedimento.
O serviço de saúde deve se certificar de que aquela pessoa é realmente o destinatário do tratamento prescrito.
Nesse processo, há três informações básicas que podem subsidiar a correta identificação do paciente:
- O nome completo;
- A data de nascimento;
- Os procedimentos de confirmação no registro do prontuário ou documento de atendimento.
A identificação é um ponto crítico por diferentes fatores. Uma imprecisão aqui pode gerar prejuízos ao tratamento, incluindo o direcionamento do enfermo para um cuidado diferente daquele indicado para o seu quadro clínico.
Além do mais, trata-se de uma preocupação que deve se estender por toda a jornada do paciente. Isso porque uma simples troca de setor de atendimento pode comprometer o registro de identidade de quem recebe o tratamento.
Meta 2: aprimorar a eficácia da comunicação entre os cuidadores
Outro ponto crítico para a segurança do paciente é o processo de comunicação interna, entre os responsáveis pelo atendimento. Segundo o Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente, 70% dos erros no atendimento resultam de falhas de comunicação entre cuidadores.
Assim, é preciso que as instituições adotem procedimentos para garantir mais efetividade na troca de informações na equipe. Isso significa que padrões devem ser criados para os profissionais confirmarem os dados dos pacientes. Dessa forma, poderão seguir o tratamento com segurança.
É fundamental, ainda, que todas as informações sejam registradas em prontuário, de forma ágil, visto que se trata de um documento legal, que precisa conter todos os dados sobre a assistência — desde a admissão do paciente até a sua alta.
Além disso, também é importante padronizar termos e linguagens, facilitando a compreensão de todos os envolvidos. É o caso da eliminação do uso de abreviaturas e siglas, por exemplo.
Meta 3: aumentar a segurança de medicamentos de alta vigilância
A terceira meta diz respeito à correta prescrição e administração de medicamentos.
Os erros na gestão da medicação podem ser originados em vários procedimentos. Logo, isso só evidencia a necessidade de reforçar a atenção e os processos de segurança nessa etapa do atendimento.
Os cuidados devem envolver o armazenamento, o transporte e a prescrição do medicamento, propriamente dita. Portanto, dados como a dosagem, via de administração e a denominação do produto devem ser criteriosamente analisados.
Segundo o protocolo, todos os medicamentos devem receber cuidados especiais para sua administração.
Contudo, para aqueles com efeitos mais nocivos quando usados incorretamente, é possível criar uma camada extra de verificação — são os chamados medicamentos de alta vigilância.
É importante que os profissionais responsáveis pela administração dos medicamentos sigam alguns procedimentos de segurança.
Entre eles, está a dupla checagem das condições e características do produto. Isso pode reduzir o uso de drogas com validade expirada ou com nomes semelhantes.
Meta 4: Assegurar cirurgias com local de intervenção, procedimento e paciente corretos
Mesmo os procedimentos cirúrgicos mais simples estão sujeitos a intercorrências. Assim, redobrar os cuidados com a segurança pode reduzir a incidência dessas situações ou amenizar seus efeitos e garantir condições à equipe, para contornar as dificuldades.
Além disso, ainda há recorrência de eventos adversos ocasionados por falhas contornáveis. Nesse grupo, estão desde cirurgias realizadas em locais inadequados até questões mais graves, como amputações de membros sadios, por exemplo.
Eventos adversos podem ocorrer antes, durante ou depois do procedimento cirúrgico.
O protocolo de segurança estabelece as etapas críticas, em que é preciso redobrar os cuidados. Entre esses pontos estão a anestesia, a incisão e a própria conclusão do procedimento no centro cirúrgico.
Processos simples aos olhos leigos podem fazer grande diferença na segurança do paciente. Um exemplo são as cirurgias com lateralidade, nas quais é sinalizado o lado correto do procedimento antes de encaminhar o paciente ao centro cirúrgico, para prevenir eventos adversos irreversíveis.
Meta 5: reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde
Outra ameaça à segurança do paciente são as infecções adquiridas no ambiente de atendimento ou internação. Muitas patologias de baixo risco e complexidade se agravam devido a contaminações resultantes do cuidado dispensado.
Por isso, controlar a disseminação dessas infecções no ambiente hospitalar é um desafio para as instituições. O ato de higienizar as mãos ainda é uma das medidas mais eficazes e fundamentais para esse fim.
Desse modo, o protocolo orienta para a adoção de uma rotina de higienização sistemática. O profissional de saúde deve lavar suas mãos sempre que for tocar no paciente ou realizar algum procedimento cirúrgico.
A higienização também deve ocorrer quando houver contato com roupas de cama, objetos usados pelo paciente e com fluidos corporais.
Meta 6: evitar lesões causadas por quedas e outros acidentes
Por fim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também orienta sobre a adoção de uma série de medidas preventivas contra acidentes com os pacientes. Nesse contexto, as quedas são as principais ocorrências, e são provocadas por diferentes fatores e condições específicas de alguns grupos internados.
Enfermos com doenças debilitantes ou limitantes dos movimentos, como a osteoporose, estão entre os grupos mais afetados. Além do mais, há um risco acentuado em pacientes sob efeitos de determinados medicamentos.
As medidas adotadas para reduzir esse tipo de ocorrência devem ter início na admissão dos pacientes. Aqueles com maior risco de acidentes precisam ser identificados e informados sobre os procedimentos de segurança — a família também deve ser informada.
Além disso, outras medidas são essenciais para proteger contra as quedas. Veja:
- Adaptação do mobiliário;
- Sinalização dos pontos de risco;
- Monitoramento dos pacientes críticos.
Perceba então que as 6 metas internacionais de segurança do paciente são procedimentos aplicáveis principalmente no que tange o processo de auditoria em saúde.
Entretanto, as operadoras de saúde também devem ficar em alerta, afinal, elas também sofrem com danos ocasionados pela não observância dessas práticas.
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