Em diversos setores a gestão de indicadores é utilizada para direcionar organizações, identificar problemas e oportunidades de melhoria, permitindo que decisões sejam tomadas com base em evidências e, também, permitindo que processos sejam otimizados. Na área da saúde, tudo isso ocorre de forma semelhante!
Neste artigo, vamos explicar o que são indicadores de saúde, apresentar alguns exemplos e a importância do monitoramento deles para uma gestão de excelência em organizações da saúde.
O que são indicadores?
Apesar de existirem diversas definições de indicadores na literatura, podemos em geral, afirmar que um indicador é uma mensuração que reflete uma determinada situação. Desta forma, o indicador de saúde mensura uma característica de saúde de determinada população, como por exemplo a taxa de ocupação de leitos hospitalares.
Vale ressaltar que indicadores de saúde não descrevem a situação de saúde de um indivíduo, mas buscam monitorar e descrever a situação em saúde de uma população.
Assim, quando são utilizados dados de grupos de pessoas, a mensuração tem certo grau de precisão, tornando então todo indicador de saúde uma estimativa de uma determinada dimensão de saúde naquele público-alvo.
Além desta característica de estimativa, é importante destacar que indicadores são dinâmicos e sofrem alterações devido a eventos, contextos culturais e temporais.
Por exemplo, durante a pandemia da Covid-19 acompanhamos o aumento da taxa de ocupação de leitos de UTI em todo o sistema de saúde, mas com o passar do tempo, a vacinação e a diminuição dos casos graves da infecção, estes indicadores voltaram a diminuir.
Por que devemos monitorar indicadores de saúde?
Os indicadores de saúde são instrumentos essenciais de gestão, são utilizados para medir resultados e por meio dos indicadores os gestores conseguem acompanhar se os objetivos estratégicos da organização estão sendo atingidos.
Com o monitoramento dos indicadores é possível, inclusive, entender se os processos estão sendo executados com eficácia e chegando aos resultados esperados.
Assim, é possível que os gestores de organizações da saúde tenham uma visão se os seus produtos ou serviços estão atendendo as expectativas dos clientes/pacientes e desta forma entregando qualidade e gerando valor.
Portanto, na área da saúde os indicadores são extremamente importantes para garantir a segurança e a satisfação dos pacientes, além de orientarem ações fundamentais para redução de riscos.
Utilização de indicadores de prevalência e incidência
Os indicadores podem ser utilizados em dados de prevalência e incidência. Mas antes de explorarmos este uso, é importante definir o que é prevalência e incidência.
A incidência é fundamental para análise da ocorrência de novos eventos e seus fatores associados em determinada população. Já a prevalência é fundamental para o planejamento e organização de serviços e recursos existentes ou, se necessário, demandas adicionais.
Desta forma, indicadores de prevalência e incidência são utilizados para doenças crônicas transmissíveis (como sífilis e tuberculose) e para doenças crônicas não transmissíveis (como diabetes e asma).
Para doenças agudas de curta duração que são curáveis ou resultam em morte (como sarampo e dengue) são usados indicadores de incidência. As taxas de incidência são interessantes para estimar o risco e determinar fatores de risco.
Exemplos de tipos de indicadores
Podemos destacar os indicadores de saúde em quatro domínios: morbidade, mortalidade, fatores de risco comportamentais e serviços de saúde.
Os indicadores de morbidade medem a ocorrência de determinada doença, lesão e incapacidade da população. Assim, estes indicadores podem ser expressos ao medir a prevalência ou a incidência. São exemplos de indicadores de morbidade:
- Taxa de diagnósticos de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV);
- Taxa de prevalência da hipertensão arterial;
- Proporção de internações hospitalares por causas externas.
Os indicadores de mortalidade são utilizados para quantificar os problemas de saúde, determinar e monitorar prioridades ou metas em saúde. Ou seja, estes indicadores são fontes fundamentais de informações geográficas, demográficas e de causa de morte. Alguns exemplos de indicadores de mortalidades, são:
- Taxa de mortalidade infantil;
- Razão de mortalidade materna;
- Taxa de mortalidade por infecção respiratória aguda em menores de 5 anos.
Com as mudanças de padrões demográficos e epidemiográficos da população nas últimas décadas, os indicadores de fatores de risco comportamentais são essenciais para orientar iniciativas de proteção e promoção da saúde. São exemplos de indicadores de fatores de risco comportamentais:
- Taxa de prevalência de adultos fumantes atuais;
- Taxa de prevalência de nível insuficiente de atividade física;
- Taxa de prevalência do consumo regular de frutas e verduras;
- Taxa de prevalência do uso excessivo de álcool.
Os indicadores de serviços de saúde medem a qualidade e desempenho desses serviços e servem para várias funções, sendo fundamentais para o monitoramento social e institucional. Alguns exemplos de indicadores de serviços de saúde, são:
- Razão do número de leitos hospitalares por habitante;
- Proporção de partos cesáreos;
- Taxa de mortalidade por doenças que podem ser evitadas por vacinação em menores de 1 ano.
Gerando valor em saúde com o monitoramento de indicadores!
Após ver estes exemplos de indicadores, você provavelmente percebeu que a utilização deles permite a identificação de problemas reais ou potenciais.
Desta forma, estes indicadores oferecem aos gestores a busca de ações efetivas, como revisões de processos e resultados, para possibilitar que a instituição alcance padrões de excelência.
Caso os indicadores de saúde de sua organização indiquem necessidade de ações referentes a cicatrização de tecidos, feridas crônicas ou tempo de permanência em leito hospitalar, você precisa conhecer as soluções da In Situ.
A In Situ é uma startup de base tecnológica da área da saúde, que utiliza a terapia celular como ferramenta para a criação de produtos inovadores com foco na cicatrização de tecidos.
Por fim, lembre-se, tão importante quanto monitorar indicadores, é estabelecer padrões e critérios condizentes com a realidade e as metas da sua organização. Assim, você poderá elaborar ações que apontem melhorias em seus processos, serviços e produtos.
Os indicadores podem ser representados por uma taxa, um número absoluto ou um índice, mas a geração de valor depende diretamente da definição de metas e padrões. E seus indicadores, estão gerando valor em saúde?