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Não há dúvidas, que atualmente e com os valores cada vez mais elevados, as negociações em formas de bundle tem aumentado.

Isso porque, trata-se de uma forma de calcular valores a serem pagos e recebidos de forma reduzida em itens.

Confira mais sobre a importância da negociação de pacotes em serviços de saúde.

O que é bundle?

O bundle, ou também conhecidos como “pacote”, são um pequeno conjunto de estratégias terapêuticas que quando aplicadas em conjunto visam a melhoria do cuidado do paciente de forma mais eficiente.

Eles são conhecidos como um formato estruturado de otimizar os processos e os resultados dos cuidados prestados ao paciente e consistem em um modelo de remuneração baseado no tipo de tratamento. 

O que envolve a negociação dos pacotes?

Negociar é um hábito que se faz presente em todos os dias e em todos os momentos da vida.

Negociamos tudo: em casa, na rua, no trabalho, ao telefone, enfim, não existe um dia em que você não coloque essa função prática, pois é necessária, faz parte da vida humana desde o início da humanidade.

Na área da auditoria, negociar pacotes vem se tornando cada vez mais comum, pois quando realizado elimina horas de análises de prontuários e procedimentos.

Ainda, muitas vezes, discussões entre prestadores e operadoras de saúde são evitadas a partir deste tipo de negociação.

A essência é entender que quando se compõe um pacote o impacto em todos os setores envolvidos é de economia de tempo, que poderá ser utilizado em outros assuntos do setor.

É preciso entender e ter conhecimento que um pacote negociado é importante em todos os aspectos para as duas partes envolvidas.

Quando esse pensamento é compreendido, as coisas acontecem de forma mais eficaz. 

Qual a importância de negociar os pacotes?

É importante entender que o setor convive com cobranças de insumos e materiais, que muitas vezes seguem tabelas com valores diferentes em relação às várias regiões do país e até mesmo dentro do mesmo estado.

A negociação do bundle fixa preços do procedimento por um período pré-estabelecido para vigência.

A negociação dos pacotes na auditoria, se bem realizada, permite que as partes possam previamente projetar valores a serem pagos e recebidos, com glosa zero, caso a autorização esteja correta.

Desafios do modelo mais comum de remuneração (Fee for Service)

Hoje, o modelo mais comum de remuneração é o “fee for service”, que consiste no pagamento referente por cada serviço prestado ao paciente separadamente. 

Quanto mais tratamentos são oferecidos, maior será o pagamento, independente da qualidade do cuidado oferecido ao internado.

Existem diversos desafios associados a esse modelo de remuneração.

Primeiro desafio

É importante pontuar a existência de custos desnecessários relacionados ao tratamento direcionado ao paciente.

Por exemplo: a ampla quantidade de exames realizados sem necessidade, materiais e medicamentos utilizados sem a devida pertinência à condição clínica do internado, aumentando o índice de sinistralidade da instituição.

Segundo desafio

Outro ponto de atenção relacionado a esse modelo, é que gargalos e falhas nos processos internos na instituição de saúde podem até gerar a ocorrência de eventos adversos e outras consequências que afetam a condição clínica do paciente, por exemplo.

Terceiro desafio

É importante relembrar que no fee for service, a remuneração está associada aos tratamentos e não à saúde do internado e o cuidado prestado ao paciente nem sempre proporciona um desfecho satisfatório.

Hoje, conforme uma conta aberta é utilizada, a maioria das cobranças de contas hospitalares são realizadas de forma aberta, ou seja, o paciente tem autorização para realização de algum procedimento, que pode ser serviços ambulatoriais e internações.

Esse se assemelha a um ‘’cheque em branco’’, que conforme os procedimentos são realizados, ele é preenchido.

Na realidade o valor final de uma internação só é calculado após a alta do paciente e esse tipo de cobrança pode gerar muitos conflitos entre as partes envolvidas.

Uma forma de melhorar e também minimizar conflitos e agilizar o processo da autorização ao pagamento, com uma margem de erros mínimos, é a composição de pacotes, que podem ser de procedimentos, diárias ou exames.

Na prática, existe muita dificuldade sobre o entendimento e definição sobre o bundle, o que inclui ou exclui, como cobrar e sua composição.

Por isso é importante, além de propor este novo modelo, que as partes estejam alinhadas sobre o objetivo e como será benéfico para os dois lados. 

Como negociar pacotes?

Para melhor entender essa questão no cotidiano da auditoria, precisamos ter definido que o valor de um procedimento com valor fechado precisa ter uma descrição clara sobre o que compõe o pacote negociado entre as partes, importante ter descrito o que é excluído no atendimento negociado.

O grande segredo da composição dos pacotes depende das duas partes envolvidas terem conhecimento que o que está em jogo é bom para ambas.

É fundamental neste tipo de remuneração deixar negociadas as regras a serem praticadas de maneira clara e objetiva, conhecer os custos dos procedimentos, perdas e ganhos que podem ocorrer quando falamos em serviços de saúde.

Bundles bem negociados possuem elementos de sucesso, independente do procedimento. 

Confira alguns pontos essenciais na hora da negociação:  

  • Interesse das duas partes;
  • Ser a melhor opção;
  • Obedecer critérios justos e legítimos;
  • Ser negociado com compromissos claros e viáveis;
  • Melhorar cada vez mais o relacionamento entre as partes envolvidas.

Além disso, é importante desenvolver a habilidade de oratória para negociar contratos.

Por isso eu te convido a conferir o conteúdo: oratória na auditoria: Como ser mais convincente nas negociações.

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