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A desospitalização é mais que um processo hospitalar, é uma forma de humanização, fazendo parte do processo de tornar mais humano os cuidados em saúde. 

Nas últimas décadas, acompanhamos a grande mudança de papéis que as pessoas desenvolveram em relação a diversos aspectos em suas vidas. 

O que mais se vê na mídia é a mudança no que tange o consumo de mercadorias, que os consumidores passaram de ser passivos na ação e se tornaram ativos, não consumindo qualquer “coisa”, mas sim apenas aquilo que reflete seus ideais.

O que acontece é que na saúde não é diferente, neste caso na saúde suplementar, os usuários de planos de saúde (os consumidores) não querem apenas cuidar de um problema de saúde, mas que os serviços o entendam como alguém que necessita de cuidados.

E quando falo de cuidados, eles não estão limitados apenas a doença, mas também ao paciente como pessoa e agente de sua própria mudança. 

O processo de desospitalização é isto, a humanização dos cuidados com o paciente proporcionando que ele seja o agente de sua mudança, ou seja, ao estar em um ambiente familiar, ele tende a ser mais receptivo com o tratamento, a alimentação, exercícios, etc. 

Tudo isso ainda com pessoas próximas que estão ali para o auxiliar em tudo que for preciso. 

Contudo, mesmo sendo benéfico para o paciente e também para as instituições, o processo de desospitalização precisa ser organizado e detalhado estrategicamente, visando sua eficiência a longo prazo.

É por isso que no conteúdo de hoje, abordaremos sobre como funciona o processo de desospitalização, dando um panorama geral da funcionalidade do processo. 

Benefícios da desospitalização 

O processo de despospostalização traz uma gama de benefícios para ambas as partes. Para o paciente, uma maior qualidade de vida e para a instituição, a otimização de recursos

  • Menos desperdício de recursos;
  • Menor risco de complicações, como infecções hospitalares;
  • Maior disponibilidade de leitos para quem realmente precisa;
  • Segurança do paciente;
  • Dá ao paciente a sensação de bem-estar, devido ao ambiente familiar;
  • Maior satisfação do paciente;
  • Redução de tempo de permanência;
  • Melhoria da imagem do hospital;
  • Foco em casos mais graves e complexos;
  • Redução de superlotação hospitalar.

Processo de desospitalização: como funciona? 

O processo de desospitalização geralmente envolve várias etapas e requer uma abordagem multidisciplinar, o que inclui médicos, enfermeiros, assistentes sociais, terapeutas, familiares e também o paciente. 

Como abordado no início do conteúdo, o processo precisa ser estratégico e uma estratégia é nada mais do que cada passo que será dado e que são compilados em um documento, no qual servirá como base de por onde começar. 

O diferencial estratégico, é que as instituições saberão exatamente o que fazer, por onde fazer e com quem fazer. 

Com isso em mente, é possível entender melhor o processo de desospitalização que iremos abordar abaixo. 

1. Avaliação da condição do paciente

A equipe médica avalia a condição clínica do paciente para determinar se ele está estável o suficiente para ser desospitalizado. 

Aqui são considerados fatores como a evolução do quadro clínico, resposta ao tratamento, capacidade de autocuidado e suporte disponível fora do hospital. 

2. Plano de cuidados pós-alta

Um plano de cuidados é elaborado para o paciente, detalhando as necessidades médicas, terapêuticas e sociais após a alta, aqui inclui a prescrição de medicamentos, cuidados de enfermagem, acompanhamento médico ambulatorial, fisioterapia, terapia ocupacional, etc.

3. Educação do paciente e familiares

O paciente e seus familiares deverão ser informados sobre o plano de cuidados pós-alta, os procedimentos necessários, a administração de medicamentos, a identificação de sinais de alerta e como lidar com situações específicas durante a recuperação.

Essa etapa é muito importante e precisa ser feita por um profissional bem capacitado, evitando criar dúvidas nos familiares e também no paciente. Ele precisa ser coeso e o mais simplificado possível, sem usar termos técnicos, com uma linguagem mais simples. 

4. Preparação do ambiente domiciliar

Caso o paciente retorne ao seu lar, é essencial garantir que o ambiente esteja adequado e seguro para sua recuperação. Isso pode envolver adaptações no espaço físico, aquisição de equipamentos médicos, entre outros.

5. Coordenação do suporte pós-alta 

A equipe médica deve assegurar que todos os serviços necessários estejam prontos para dar continuidade ao tratamento após a alta hospitalar. 

O agendamento de consultas ambulatoriais, a disponibilidade de serviços de home care ou encaminhamento para clínicas de reabilitação, se necessário, são informações que não devem ficar de fora. 

6. Acompanhamento após a alta

É fundamental manter um acompanhamento regular do paciente após a desospitalização, seja por meio de consultas médicas agendadas, contato telefônico ou visitas domiciliares. 

Esse acompanhamento ajuda a monitorar a recuperação do paciente, ajustar o plano de cuidados conforme necessário e identificar eventuais problemas precocemente.

7. Suporte emocional

A desospitalização pode ser um momento desafiador para o paciente e sua família. É importante oferecer suporte emocional durante todo o processo, ajudando-os a lidar com a transição e compreender que ajustes podem ser necessários na nova fase de recuperação.

Além disso, é importante ressaltar que o processo de desospitalização pode variar de acordo com a condição clínica do paciente, o sistema de saúde e outras considerações específicas de cada caso. 

Um cuidado adequado durante esse processo pode ajudar a promover uma recuperação mais tranquila e efetiva, evitando readmissões hospitalares desnecessárias.

Protocolos de desospitalização

Por fim, todo este processo está presente nos chamados protocolos de desospitalização, que são documentos oficiais usados para a desospitalização segura do paciente na sua transição aos cuidados em casa

Lembrando que a desospitalização é muito mais complexa do que abordamos neste conteúdo.

Para ir mais a fundo no conteúdo, separamos este artigo sobre 3 protocolos de desospitalização para usar. No conteúdo, você encontrará mais informações sobre a desospitalização, bem como protocolos oficiais de desospitalização na prática. 

Não deixe de conferir! 

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