A humanização do tratamento ao paciente é uma tendência cada vez mais comum. Com isso, outras iniciativas ganham preferência por ter esse e outros benefícios para as operações de saúde. Um exemplo disso é a desospitalização.

Neste artigo, você entenderá tudo o que precisa sobre a desospitalização. Dentre as informações, você saberá o conceito, os seus principais benefícios e como garantir a segurança do paciente.

Boa leitura!

O que é desospitalização?

A desospitalização consiste no processo de recuperação do paciente no domicílio, buscando a humanização do cuidado e a disponibilização dos leitos hospitalares. 

Dessa forma, ela melhora a qualidade do ambiente da recuperação do paciente além de contribuir para o uso mais eficaz dos recursos hospitalares.

Assim, é uma maneira humanizada de prosseguir o tratamento de enfermos.

Quais são os benefícios da desospitalização?

Dentre os benefícios da desospitalização destaca-se uma melhor qualidade de vida a ele por colocá-lo em um local convidativo, ao mesmo tempo que representa uma otimização dos recursos do hospital.

Afinal, ele pode contar com a proximidade e o apoio da família durante o processo, o que cada vez mais se observa como decisivo para a recuperação em muitos casos.

Além disso, a desospitalização, quando feita de forma segura, traz vários outros benefícios que impactam positivamente tanto o paciente quanto a operadora de saúde. Confira abaixo.

Principais Benefícios da Desospitalização:

  • Há menor risco de complicações como infecções;
  • Os leitos ficam liberados para quem realmente precisa;  
  • Há menos desperdício de recursos;
  • Possibilita a sensação de bem-estar para o beneficiário, devido ao ambiente familiar;
  • Permite segurança do paciente;
  • Se aproximar da sua rotina, seus hábitos, pode diminuir o impacto da recuperação do paciente.

No entanto, a tendência deve focar na desospitalização somente quando ela for segura.

Ou seja, envolve o entendimento dos critérios adequados para que o processo possa ocorrer com foco na saúde do paciente como prioridade. 

Confira a seguir sua importância, seus desafios e como garantir que ela seja segura.

A importância da desospitalização segura

Não é porque a desospitalização traz diversos benefícios que você deve implementá-la sem qualquer critério. 

Pelo contrário, coloque a desospitalização segura como meta, ou seja, ter critérios bem definidos para implementá-la tendo a boa recuperação do paciente como prioridade.

Muito disso é resolvido a partir da correta identificação de padrões que apontam para casos em que a desospitalização é segura. 

Ou seja, um processo de auditoria em saúde possibilita detectar características recorrentes de quadros médicos que podem evoluir para a desospitalização segura.

Ao mesmo tempo, esse cuidado permite não correr o risco de recomendar a desospitalização em um caso em que ela não é indicada. 

Dessa forma, o bem-estar do paciente é sempre colocado como o principal critério. 

Esse é apenas um dos desafios relacionados à desospitalização segura. No entanto, vencê-los torna-se necessário para aproveitar os benefícios dessa iniciativa e entregar uma maior qualidade de vida ao paciente.

Quais são os maiores desafios enfrentados na desospitalização?

principais desafios da desospitalização

Mesmo sendo uma tendência com grandes benefícios tanto para o paciente quanto para a operadora de plano de saúde, a desospitalização traz alguns desafios a vencer.

A seguir, conheça quais são os maiores desafios da desospitalização e as melhores formas de vencê-los em sua operação do dia a dia.

1- Risco de reinternações

Caso exista um despreparo em relação a esse processo, as chances do paciente passar por uma reinternação é grande. Isso representa perdas para as partes envolvidas, tanto que conseguem anular os benefícios proporcionados pela desospitalização.

Isso geralmente acontece quando o paciente não tem o apoio que precisa em casa para a continuação de seu tratamento. Assim, faz-se necessário retornar ao hospital para uma nova internação.

É importante se atentar na pertinência do tratamento direcionado conforme o estado clínico do paciente.

Em alguns casos é necessário apenas disponibilizar os insumos necessários para que ele tenha uma recuperação adequada.

Em outras situações é pertinente tratar o paciente em home care, para acompanhar a sua melhora.

Então, a solução para esse desafio está em orientar a família e munir o paciente com todas as informações que precisa para se cuidar apropriadamente. Além disso, é necessário avaliar a estrutura necessária para ele em domicílio.

2- Falta de comunicação com o paciente

Outro fator desafiador para a excelência da desospitalização é a ausência de comunicação com o paciente. Quando ele está no hospital, o contato com a equipe médica é muito mais próximo, o que contribui para a qualidade do tratamento.

Nesse caso, é importante criar uma rotina de comunicação com a família do paciente para avaliar a sua evolução ao longo do tempo. O telefone ou uma estrutura de telemedicina ajudam muito nesses casos.

O mais importante é que a equipe médica e quem está presente com o paciente em casa tenham uma via de duas mãos para se comunicarem caso necessitem.

3- Ausência de infraestrutura em casa

Não dá para negar que um hospital possui estrutura muito mais avançada para manter seus pacientes do que a maioria dos domicílios.

Isso é um grande desafio quando o assunto é a desospitalização, pois a necessidade de oferecer uma estrutura de home care que atenda ao tratamento é de suma importância.

No entanto, é fundamental entender que esse tipo de investimento compensa na forma dos benefícios obtidos. Ou seja, desde a humanização do tratamento até o melhor uso dos equipamentos do hospital.

4- Objeções da família do paciente

As pessoas podem ainda não estar totalmente seguras sobre os benefícios da desospitalização para o paciente, especialmente se for um parente próximo. 

Afinal, elas ainda têm a visão de que é no hospital onde terão o tratamento mais adequado.

Portanto, a comunicação é a chave. Ou seja, oriente as famílias para entenderem que a desospitalização não é uma transferência de responsabilidades, mas sim um compartilhamento. 

“A ideia é deixar claro o quanto a equipe médica continuará atuante nesse caso.”

5- Entender os critérios

A desospitalização se baseia no conceito da alta segura. 

Ou seja, a equipe identifica e gerencie as condições adequadas para a liberação ocorrer da melhor maneira e o tratamento do paciente não seja prejudicado. No entanto, nem sempre esses critérios podem ser claros.

A auditoria hospitalar é uma das formas de identificar cenários seguros onde a desospitalização pode ser benéfica para o paciente. 

No entanto, para que isso seja possível, é necessário contar com tecnologia que permita realizar esse processo presencial e remotamente.

6 – Baixo apoio das operadoras de saúde 

É entendível que as operadoras tenham receio em desospitalizar os pacientes, seja por parte do próprio beneficiário, de se sentir mais seguro em um ambiente monitorado 24h por médicos ou até mesmo por enfrentarem problemas judiciais caso ocorra algo com o paciente, por exemplo, se for liberado precocemente. 

Porém, uma alternativa que vem crescendo muito na saúde, principalmente após a pandemia, são os cuidados domiciliares. Assim, cada vez mais operadoras vêm aderindo ao uso de profissionais que auxiliam os pacientes nos lares, assim, é uma forma de extensão dos serviços de saúde, apoiando os beneficiários e promovendo a recuperação adequada. 

Iremos abordar mais sobre Home Care mais a frente no conteúdo.

Quais são os benefícios da desospitalização segura?

desospitalização segura

Colocar a desospitalização segura como parte da rotina é algo que beneficia tanto o paciente quanto os demais envolvidos no processo. 

Afinal, é uma forma de proporcionar uma maior qualidade no tratamento ao mesmo tempo, em que a operação hospitalar se mantém funcionando eficientemente. 

A seguir, reunimos os principais benefícios de praticar a desospitalização segura no seu dia a dia.

1- Humanização do tratamento

A desospitalização segura é sempre associada diretamente com a humanização do tratamento. Afinal, o paciente pode cuidar da saúde em um ambiente que ele conhece, cercado pelas pessoas que ama.

Ou seja, é uma configuração bem diferente de um hospital convencional.

Há uma movimentação crescente a favor da humanização em toda a Medicina, já que é comprovadamente uma forma de proporcionar mais qualidade de vida ao paciente.

Então, adotar uma operação voltada à desospitalização, desde que feita seguramente, é mais um passo em direção a essa tendência. 

2- Maior disponibilidade de leitos hospitalares

Ao praticar a desospitalização segura, mais leitos ficarão disponíveis em hospitais e clínicas. 

Ou seja, haverá uma maior possibilidade de atender quem realmente precisa da atenção médica constante, o que representa uma maior eficiência das atividades médicas.

Isso é altamente desejável para uma operadora de saúde que precisa sempre garantir o melhor uso dos recursos que tem à disposição. 

Afinal, é melhor que esses leitos estejam disponíveis para pacientes que realmente precisam do ambiente hospitalar para a recuperação.

3 -Redução do risco de complicações

Permanecer por muito tempo em uma internação é algo que pode trazer riscos para a saúde do internado.

Por exemplo, há a possibilidade de complicações como infecções que podem desestabilizar o quadro do paciente e prejudicar a sua recuperação.

Ou seja, a desospitalização se mostra mais uma vez como uma alternativa mais saudável para o tratamento do paciente.

Em suma, ele estará em casa, um ambiente livre da circulação de doenças que existe em um hospital para poder conduzir a recuperação da melhor forma possível.

Como consequência, esse benefício faz com que a desospitalização seja um fator decisivo para a eficiência de um tratamento.

4- Menos gastos desnecessários

Nenhuma operadora de saúde pode trabalhar com desperdícios. Recursos no setor da saúde são escassos e caros, devendo ser empregados apenas em casos de exclusiva necessidade. Então, uma internação desnecessária vai à contramão disso.

Dessa forma, a desospitalização segura possibilita usar de forma responsável os recursos hospitalares. Ou seja, há menos desperdício nesse caso, exigindo apenas uma estrutura de home care ao invés de todos os outros recursos que uma internação necessita diariamente.

5 – Melhor eficiência no tratamento

Por estar em casa e próximo da sua rotina, o paciente tende a conduzir o próprio tratamento de maneira muito mais eficiente graças à desospitalização.

Trata-se de um cenário que simplesmente não ocorre caso ele permaneça internado, o que pode dificultar no seu processo de cura.

Além disso, estar em casa possibilita que o paciente se veja em um ambiente familiar cercado de suas próprias referências. Pois o hospital é um ambiente estranho, o que pode representar um desafio a mais para a eficiência do tratamento.

6. Reduz o tempo de permanência 

A desospitalização emerge como uma estratégia para a redução significativa do tempo de permanência dos pacientes nos hospitais, apresentando benefícios tanto para os indivíduos quanto para o sistema de saúde na totalidade. 

Ao focar na transição segura do ambiente hospitalar para cuidados domiciliares, essa abordagem promove uma gestão mais eficaz dos recursos hospitalares, aliviando a sobrecarga e permitindo a melhor distribuição dos cuidados médicos.

A implementação eficaz do processo está ligada à personalização e humanização dos cuidados para cada paciente. Ao considerar as necessidades específicas de cada indivíduo, é possível otimizar o processo de recuperação fora do ambiente hospitalar. 

Essa abordagem não apenas reduz a pressão sobre a capacidade hospitalar, mas também minimiza os riscos associados à permanência prolongada, como infecções hospitalares

Com isso, o tempo de permanência é reduzido de maneira segura, garantindo que os pacientes recebam a atenção necessária fora do ambiente hospitalar, enquanto liberam os recursos hospitalares para casos mais agudos.

Como garantir uma desospitalização segura

Tendo em vista os desafios e benefícios da desospitalização segura, resta saber como implementá-la no dia a dia da sua operação. Sendo assim, somente é possível entregar um ganho satisfatório de eficiência e bem-estar ao paciente ao seguir as boas práticas dessa iniciativa.

A seguir, separamos os principais passos para você garantir uma desospitalização segura para os seus pacientes.

1- Identifique padrões seguros

Não é todo caso de internação que pode evoluir para uma desospitalização segura. 

Então, para começar, você precisa ter como identificar padrões que apontem para oportunidades como essa. Isso consiste em determinar quais tipos de casos serão beneficiados por essa iniciativa.

A melhor forma de fazer isso é com o apoio da tecnologia. Ou seja, um processo de auditoria é capaz de identificar tais características através de um software de monitoramento de internações hospitalares.

Dessa forma, é possível gerar alertas e uso de protocolos de desospitalização para que o processo possa ocorrer seguramente.

2- Considere as particularidades do paciente

Pacientes não são todos iguais. Como estamos considerando a recuperação em casa, leve também em consideração como é esse ambiente e por quais pessoas esse público será acolhido. 

Tudo isso será determinante para a qualidade do tratamento.

Então, vale a pena ter uma abordagem mais próxima com o paciente e entender as suas condições de moradia.

Caso o ambiente não comporte a condução de um tratamento a partir da desospitalização, a iniciativa pode trazer mais malefícios do que benefícios.

3- Converse com as famílias

A comunicação é a base para o sucesso da desospitalização segura. Então, a chave para isso está em estabelecer confiança junto às famílias dos pacientes e isso se dá por meio de uma boa conversa.

Esse é o momento de explicar muito bem como será o processo e instruir essas pessoas a respeito de como contribuir para o tratamento.

Aliás, essa também é a hora de lidar com quaisquer objeções que as famílias tenham em relação à desospitalização. 

Deixe claro o quão benéfico ela será para a recuperação do paciente e como cada um dos presentes deverá contribuir para o tratamento.

4-Proporcione a estrutura adequada

Nem sempre o domicílio do paciente está adequadamente equipado para a continuação do tratamento. Então, é obrigação da equipe de saúde proporcionar os recursos necessários para isso. 

Ou seja, a prioridade é equipar o local com a estrutura de home care mais eficaz, que resultará em menores custos e melhor eficiência.

Outra parte bem importante desse trabalho consiste em auxiliar o paciente e os familiares a utilizarem esses novos recursos. Afinal, eles são essenciais para a qualidade do tratamento e precisam ser utilizados da forma correta.

5- Estabeleça uma via dupla de comunicação

A conversa realizada com os familiares no momento da desospitalização não é o único momento de comunicação entre essas partes.

Em vez disso, estabeleça uma via dupla de comunicação com essas pessoas para ser possível monitorar o quadro do paciente e atender eventualidades.

A tecnologia já evoluiu o suficiente para podermos nos comunicar de forma instantânea a qualquer momento do dia. 

Então, a equipe médica precisa recorrer aos recursos que possui à disposição para continuar o tratamento à distância do paciente com o apoio da família.

Ao mesmo tempo, quem está com o paciente precisa ter como se comunicar com a equipe médica sempre que precisar. Portanto, reforçamos a importância dessa via de comunicação ter duas mãos.

Como o software Carefy impacta na desospitalização?

O software Carefy é um sistema de gestão de pacientes para operadoras de plano de saúde com foco em otimizar processos e entregar valor aos beneficiários.

Ainda, tem um módulo específico focado em home care que é bastante valioso para o caso da desospitalização. 

Com ele é possível usar funcionalidades como alertas e sinalizações que permitem realizar uma desospitalização segura e planejada via ferramentas como ABEMID e NEAD que auxiliam no plano de atendimento em casa. 

Essa função possibilita monitorar o paciente durante o cuidado em casa de maneira fácil e otimizada, contando com indicadores de avaliação e aplicativo móvel para que equipes externas possam enviar informações.

Isso possibilita que não ocorra perda de eficiência e a desospitalização possa ser segura. 

Além do que, a equipe contará com uma forma eficaz de monitorar a evolução do paciente ao mesmo tempo, em que toda a operação se baseia em usar seus recursos de maneira mais estratégica.

Além disso, o uso do software Carefy permitirá estender as suas iniciativas concentradas em redução de custos e da média de permanência dos pacientes em hospitais.

Afinal, isso se dá por meio de um sistema de auditoria médica que unifica a jornada do paciente e proporciona redução de custos para a operadora de saúde.

O software também possibilita monitorar casos de reinternação, além de ser um recurso valioso para direcionamento de pacientes para a área da medicina preventiva

Trabalhar com foco na desospitalização é uma maneira de entregar uma maior humanização no tratamento ao paciente ao mesmo tempo, em que se otimiza recursos médicos.

Para isso, é necessário que o processo seja feito da forma mais segura possível, considerando os critérios corretos e tendo o apoio da estrutura ideal para esse tipo de iniciativa.


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