Atualmente muito se fala sobre a tecnologia aplicada à saúde.
Assim, criou-se o termo de saúde 4.0.
Os tópicos abordados neste conteúdo são:
- O que é Saúde 4.0
- A importância da Saúde 4.0
- O papel dos dados em saúde e big data
- Principais tecnologias aplicadas a saúde 4.0
- Os cuidados envolvidos na utilização de dados de saúde e LGPD
- A cultura do compartilhamento de dados de saúde
Confira a seguir o que é, qual sua importância, as principais tecnologias e cuidados do uso de dados sensíveis. Boa leitura!
Saúde 4.0: O que é
O conceito de saúde 4.0 vem da associação da saúde com a tecnologia.
É proveniente da quarta revolução industrial, conhecida como a “revolução dos dados”.
Com a imensa quantidade de informações disponíveis proveniente da globalização e do avanço da internet, saber utilizá-las de forma inteligente é o que caracteriza essa revolução.
Ela permite com que a tecnologia seja utilizada de forma benéfica para a sociedade.
Por isso, é cada dia mais comum que as operadoras de saúde, hospitais e outros players usem a tecnologia para a informatização de processos visando a eficiência operacional e em benefício ao cuidado do paciente.
A importância da Saúde 4.0
Recentemente vivenciamos a pandemia da COVID-19 e vimos que, nessas situações, os fatos ocorrem em rápida velocidade e estar munido de ferramentas para enfrentá-las é de extrema importância.
E, considerando que grandes instituições de saúde lidam com uma quantidade massiva de dados a saúde 4.0 é importante para:
- Buscar as melhores tratamentos;
- Auxiliar profissionais de saúde na tomada da decisão;
- Fazer análises preditivas de indicadores estratégicos, como custo e sinistralidade;
- Permitir decisões mais rápidas;
- Diminuir as chances de erros.
Além disso, a tecnologia veio para integrar sistemas e permitir que haja mais facilidade no dia a dia em uma operadora de plano de saúde.
Afinal, inserir informações referentes a diversas etapas do processo, desde a entrada do paciente até a sua alta, sem que esses dados se conectem, pode causar retrabalho e ineficiência para a operação.
Por isso, para colocar em prática a Saúde 4.0, é fundamental ocorrer a interoperabilidade entre os sistemas.
Assim, vai existir agilidade nos processos e o cuidado centrado no paciente será cada vez mais eficaz.
O papel dos dados em saúde e Big Data
Vivemos em uma sociedade onde milhares de dados são gerados diariamente e no processo da saúde 4.0 não é diferente.
No entanto, grande parte desses dados acaba não sendo utilizado, logo o mercado se moveu rapidamente para a ideia do Big Data.
Big Data é onde as massas de dados são coletadas via cada ação dos usuários em seus diversos dispositivos.
O objetivo é começar a utilizar esses dados de forma eficiente.
Aplicando para área da saúde, esses dados podem ser utilizados de forma eficiente para guiar a melhor decisão de profissionais da saúde e gestores.
Conheça abaixo as principais tecnologias que utilizam dados de saúde para otimizar processos e melhorar o bem-estar do paciente.
Principais tecnologias aplicadas a saúde 4.0
1. Inteligência Artificial
Conhecida como a impulsionadora da quarta revolução industrial, a inteligência artificial é uma tecnologia capaz de simular atividades típicas do comportamento humano.
Para isso, a inteligência artificial consegue aprender, a partir da análise de uma quantidade massiva de dados.
No Carefy, a inteligência artificial é aplicada na previsão de média de permanência do paciente internado, direcionando o cuidado conforme a previsão de alta.
Ela também pode ser aplicada, por exemplo, para indicar os riscos e efeitos colaterais decorrentes de seguir determinado tratamento.
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2. Internet das coisas
Conectar o mundo real com o mundo digital é o que caracteriza a Internet das coisas (IoT).
Essa ampla área visa quebrar as barreiras entre os dois mundos a partir da utilização da tecnologia para coletar informações, medir, monitorar, analisar e integrar objetos do dia a dia.
Por exemplo: provavelmente você conhece algum diabético. Alguns aparelhos que essas pessoas utilizam para o monitoramento do nível de glicose no sangue utilizam Internet das Coisas, como o CGM (Monitor Contínuo de Glicose).
Assim, os dados gerados pelo sensor são internamente enviados para os médicos e outros profissionais responsáveis.
3. E-saúde
O avanço da telemedicina possibilita que médico e paciente estejam a um clique de distância.
O acompanhamento pode ser realizado de forma remota sobre a condição clínica do paciente e com acesso em tempo real a todas as suas informações.
Além de proporcionar facilidade e agilidade no atendimento, o teleatendimento permite o cuidado à saúde mesmo em situações onde o cuidado presencial não é recomendado, como na pandemia causada pelo COVID-19.
Os cuidados envolvidos na utilização de dados de saúde e LGPD
Nesse movimento de utilização de dados, não podemos deixar de lado a importância do cuidado com essas informações.
A Lei Geral de Proteção de Dados trouxe uma nova visão para como essas informações devem ser tratadas e como as pessoas devem estar cientes de sua utilização.
Quem vê de longe pode se assustar, mas todas essas mudanças com a saúde 4.0 não aconteceram para gerar barreiras, pelo contrário.
Todas as iniciativas e normas são para que as pessoas consigam participar cada vez mais, trazendo também mais segurança para todos.
A cultura do compartilhamento de dados de saúde
Na saúde podemos utilizar essa massa de dados para benefício dos pacientes, mas às vezes essas informações não são compartilhadas entre todos os responsáveis pelo cuidado.
Para ilustrar como funcionaria esta cultura, vamos pensar em um fluxo do cuidado:
Neste cenário hipotético, o atendimento começaria em casa com a telemedicina, podendo passar por consultas ambulatoriais com diversos profissionais, pronto socorros, internações hospitalares e outros serviços.
Neste caminho são gerados dados pontuais que geralmente não são compartilhados com os profissionais da saúde.
Como cada profissional desse fluxo de atendimento poderia utilizar dados de saúde do paciente para nortear melhores decisões de cuidado?
O compartilhamento de dados é algo que precisa ser levado a sério, no âmbito de como isso precisa ser feito de forma segura.
Mas, principalmente, na forma como isso pode gerar um benefício imenso ao principal sujeito de toda essa conversa: o paciente.
Para isso, é necessário que se crie essa cultura onde a informação tem um dono específico, que é o paciente.
E, todos que estão em posse dessas informações são profissionais que precisam dela para prestar um melhor acompanhamento.
Onde podemos nos inspirar com essa cultura?
Essa cultura do compartilhamento já se mostrou ser uma grande ferramenta para o novo normal, pois mudou o mercado e a economia e o que parecia muito inovador há alguns anos já se tornou comum atualmente.
Diariamente utilizamos Uber, Waze, Google, AirBnb, entre vários outros exemplos de empresas baseadas na ideia de compartilhamento e este é o momento do compartilhamento dos dados durante a saúde 4.0.
Dentro das organizações essa cultura precisa começar dos cargos de gestão, como ideia e exemplo de como deve ser feito.
Como você vê o compartilhamento de dados na organização que atua? Se você gostou desse conteúdo, compartilhe nas redes sociais!
Compartilhamento de dados de saúde é um assunto bem interessante que eu gostaria de saber mais sobre o que está sendo feito no mundo. Penso que num mundo ideal, todo mundo que atendesse um paciente deveria ter acesso aos dados de saúde relevantes, seja onde tiverem sido criados (afinal, a garantia de saúde é direito do cidadão). Porém, nesse mundo ideal, nada além do relevante deveria ser acessado e esse acesso deveria ser localizado no tempo e no espaço, além de precisar de algum aval do paciente para o acesso. Eu só consigo pensar em opções centralizadas ou federadas para isso acontecer, à volta de um protocolo bem definido, ou o paciente levar um pendrive encriptado com seus dados (ou sua chave privada) para todo lugar. hahahaa
15:25
Acho que, no fim, sistemas de Informação em Saúde vão logo se tornar tão focados em práticas e padrões de segurança quanto aviônicos e sistema bancário.
Olá, Ricardo, muito obrigado com o comentário!
Muito legal a sua reflexão, trabalhamos para que esse compartilhamento seja feito de forma responsável e segura em prol do paciente.
Um abraço, Equipe Carefy.