O envelhecimento populacional é o fenômeno mais comum que acarreta a humanidade.
Porém, apesar de ser um fenômeno comum, práticas adotadas (principalmente de conscientização) acabam por diminuir a taxa de natalidade brasileira.
Isso impacta diretamente no financeiro das operadoras de saúde.
No artigo de hoje veremos o impacto do envelhecimento da população brasileira, e como este fenômeno se relaciona com os custos em saúde. Continue lendo!
Envelhecimento populacional no Brasil e no mundo
O envelhecimento é um fenômeno natural da sociedade.
Quanto mais os anos vão se passando, mais a população vai envelhecendo.
Contudo, o número de idosos em países subdesenvolvidos como o Brasil pode aumentar significativamente nos próximos anos.
Em uma perspectiva mundial, segundo um artigo publicado no site da Organização das Nações Unidas (ONU) estima-se que a população mundial com 60 ou mais cresça até 2050.
Isso totalizará cerca de 2,1 mil milhões de idosos em todo o globo.
Comparando com o ano de 2017, onde população idosa mundial era de 962 milhões, podemos entender o grande crescimento.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou projeções para a população brasileira.
Segundo o Instituto, a população brasileira deverá crescer até 2047, atingindo 233,2 milhões de pessoas.
Neste quadro, o número de idosos brasileiros com 65 anos ou mais, será de 58,2 milhões de pessoas em 2060.
Este número de idosos equivale a 26% da população total.
Outro dado importante para entendermos o envelhecimento populacional, é de que em 2060, o número de adolescentes representará apenas 15% da população total.
Diferentemente dos dados atuais, que equivalem a 21%.
Significa um futuro com mais idosos?
A resposta para esta pergunta é: sim!
No Brasil o envelhecimento será uma tendência.
Teremos mais idosos e menos adolescentes/jovens.
Podemos considerar também a pandemia da COVID-19 que afetou diretamente na taxa de natalidade e mortalidade brasileira.
Com a gradual recuperação do país, frente à pandemia, é possível dizer que a taxa de envelhecimento faz jus aos dados atuais que temos.
Quais são as causas do envelhecimento?
Frente a isso, é importante observar que existem causas para a população ser mais velha nos anos seguintes.
Com esses dados podemos notar que a taxa de natalidade é menor até 2060. E existem motivos para este ocorrido.
O Brasil por anos enfrenta uma problemática de gravidez na adolescência, aumentando a natalidade nacional.
Porém, com a adoção de políticas e práticas, este número tem reduzido consideravelmente. E, não somente campanhas, mas a “mão na massa” está fazendo este índice ser diminuído.
Outro motivo para o envelhecimento populacional ser maior, é a diminuição da desigualdade social.
Isso significa mais pessoas tendo acesso a direitos básicos, saúde, educação, lazer e saneamento básico, por exemplo. Esses acessos fazem com que aumente a expectativa de vida dos brasileiros.
O aumento da urbanização também é um fator. Nos centros urbanos o acesso a estes direitos são mais facilitados.
O acesso à informação também é um fator a ser considerado. Quanto mais o acesso a tecnologias, como a internet, está se tornando democratizado, mais pessoas possuem acesso à informação.
Isso faz com que mais pessoas busquem cuidar de sua saúde, buscando alternativas saudáveis. O que aumenta, ainda mais, suas expectativas de vida.
O impacto do envelhecimento da população brasileira para as operadoras de saúde
Como dizemos no início desse conteúdo, o impacto do envelhecimento da população brasileira nas operadoras de saúde, será principalmente no âmbito financeiro.
Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, o envelhecimento será comum.
Dessa forma, mais idosos precisando de cuidados, mais pessoas procurando uma operadora de saúde para realizar um plano.
Ainda mais, mais idosos podem gerar:
- Leitos hospitalares mais movimentados;
- Aumento da média de permanência;
- Maior número de procedimentos a serem realizados.
Basicamente, estes tópicos podem gerar mais peso para o financeiro da operadora.
É interessante observar também que quanto mais os pacientes ficam em um hospital, mais isso afeta sua experiência com a operadora de saúde e aumenta o risco de eventos adversos o afetarem.
Segundo um estudo da ANAHP 2016, a média de internações hospitalares com idosos equivale a 2,6 a mais entre jovens e adolescentes. E mais, segundo dados disponibilizados pela ANS, em novembro de 2023, os beneficiários com 60 anos ou mais atingiram a marca de 7,5 milhões no paí, mostrando uma margem histórica no país.
Ainda, estudo desenvolvido pelo IESS mostrou que as contratações de planos para atender à população foram significativas, especialmente no período de 12 meses encerrado em novembro do ano passado em todas as modalidades.
Como mitigar essa questão?
Existem maneiras de otimizar o problema, mitigando o impacto do envelhecimento da população brasileira com práticas que auxiliam na gestão das operadoras de saúde.
Apesar dos dados, muitas operadoras podem não estar prontas para este aumento, o que pode trazer diversos problemas para as mesmas, como já citado anteriormente.
Esses meios visam reduzir os custos para as operadoras e também promover boas práticas de saúde para os beneficiários.
Medicina preventiva
A medicina preventiva visa prevenir possíveis complicações e doenças que o paciente pode ocorrer.
Seu foco é buscar tratamento antes que qualquer problema ocorra ou evolua.
Por exemplo: quando o paciente apresenta sintomas de pressão alta, mas não possui necessariamente o problema. A medicina preventiva entra em ação, assim, se inicia promoções para reduzir a ocorrência de se tornar realmente um quadro de hipertensão.
Investir em medicina preventiva com idosos é importante, ao ser possível iniciar tratamento e reduzir o risco de desenvolvimento de doenças, como, por exemplo, a diabete mellitus (comum na população idosa).
Home-care
Considere o uso do home-care para o tratamento dos pacientes idosos.
É comprovado que os cuidados em residência, auxiliam na recuperação de pacientes.
O atendimento domiciliar é uma forma mais humanizada de receber tratamento, além de que o paciente está em contato com sua família e amigos, promovendo o bem-estar dele.
Com idosos o home-care é comum.
Geralmente os idosos não se sentem bem em hospitais, muito menos internados. Muitos se sentem sozinhos, o que pode piorar seu quadro.
Também existe o risco do paciente contrair algum tipo de infecção hospitalar por passar muito tempo internado.
O home-care é uma alternativa que preza pelos cuidados do paciente e também reflete no financeiro da operadora, com menos custos de diária hospitalar, medicamentos e muitos outros fatores.
Tecnologia aliada
Por fim, com o auxílio da tecnologia, é possível otimizar a gestão da operadora, tornando o processo de cuidados com o paciente menos problemático.
Softwares de gestão possuem a capacidade de armazenar dados e informações dos pacientes, aumentando a eficiência da jornada do mesmo enquanto está internado.
Também, com o auxílio da tecnologia, a redução de glosas hospitalares é mais efetiva.
A tecnologia, além de tornar a gestão mais integrada e facilitada, aumenta também a eficiência dos profissionais da equipe.
Assim, eles conseguem ter acesso rápido a informações, como prontuários, evitando que confusões e retrabalhos ocorram.
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