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Dentre as diversas tabelas utilizadas na saúde suplementar temos a CBHPM. Mas você sabe o que é, sua importância e como ela impacta na vida do auditor de saúde? Saiba mais abaixo.

O que é a tabela CBHPM e qual sua função?

A CBHPM, sigla para Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, é uma tabela utilizada como referência para o cálculo para a cobrança de honorários médicos. 

A importância da tabela CBHPM

Lançada em 2003, a tabela tem como objetivo principal garantir a remuneração e valorização dos profissionais da saúde no setor privado. 

Assim, ela busca a valorização dos serviços realizados pelos profissionais e mantém uma relação justa com o sistema de saúde suplementar.

Hoje, a CBHPM é amplamente reconhecida e incorporada por diversas operadoras de saúde além da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão regulador do setor, sendo inclusive usada na codificação para a tabela TUSS. 

A utilização dessa ferramenta na auditoria em saúde proporciona a transparência na conduta, ou seja, qualquer pessoa pode consultar os valores referentes aos honorários médicos.

Isso permite uma padronização das cobranças em todo o território nacional e que a mesma seja realizada de forma justa.

A unificação dos valores é outro ponto importante que pode ser levado em consideração quando se trata de tabela CHBPM na auditoria de contas médicas.

Como foi desenvolvida?

Pensando no objetivo a que se propõe, a tabela é desenvolvida pela Associação Médica Brasileira (AMB) e envolve no processo de elaboração as entidades de especialidades médicas, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) e apoiada por outras entidades também médicas como o Conselho Federal de Medicina.  

Por que ela é importante para auditores de saúde

No âmbito hospitalar, a CBHPM é importante para o faturamento da conta no lançamento dos honorários e procedimentos realizados durante uma internação. 

Assim, o auditor hospitalar e o setor administrativo devem ter conhecimento profundo da mesma a fim de evitar potenciais glosas administrativas. 

Já o auditor da operadora de saúde, durante a auditoria de contas hospitalares, também precisa ter o conhecimento da tabela para realizar a conferência dos valores e garantir que o pagamento seja correto.

Como calcular o valor da consulta com base nessa tabela?

Conhecida por determinar faixas de valores para honorários médicos, a tabela não inclui valores em reais, mas sim a identificação de cada procedimento e uma base para o cálculo padronizado do preço.

A hierarquização foi desenvolvida a partir da divisão dos procedimentos médicos em 14 categorias, agrupados em três subdivisões: os grupos A, B e C.

Os procedimentos estão divididos da seguinte forma:

  • Complexidade técnicas;
  • Tempo de execução;
  • Atenção requerida;
  • Grau de treinamento necessário do profissional.

A partir dessa hierarquização, foram criados os portes e seus subportes. A cada reajuste da Tabela CBHPM é definida uma nova Unidade de Custo Operacional (UCO).

 A UCO abrange:

  •  Depreciação e manutenção de equipamentos;
  •  Mobiliário;
  •  Imóvel;
  •  Aluguéis;
  • Folha de pagamento;
  • Outras despesas relacionadas aos atendimentos. 

A fórmula utilizada para calcular honorários médicos com base na CBHPM é a seguinte:

(Valor do porte * Valor do subporte) + (Custo Operacional * UCO) = Preço

Demais ferramentas de valor na auditoria em saúde

Além da CHBPM, existem outros instrumentos que podem facilitar a sua rotina na auditoria médica. Confira abaixo:

Tabela TUSS

Além do CBHPM, outra tabela de extrema importância na auditoria em saúde é a tabela TUSS.

 A tabela TUSS  padroniza procedimentos e itens assistenciais na saúde suplementar. Ela cria um padrão para todas as nomenclaturas e códigos relacionados a procedimentos médicos.

Embasada na 5ª edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), atua como uma adição ao padrão TISS.

Dessa forma, o código TUSS, como também é conhecido é dividido em 4 categorias:

  • Procedimentos Médicos;
  • Diárias e taxas;
  • Materiais e medicamentos;
  • Órteses, próteses e materiais especiais;

Brasíndice

Assim como a tabela TUSS, temos a tabela Brasíndice, muito utilizada para consultar valores de serviços na área da saúde para padronizar preços e facilitar contratos entre hospitais e operadoras de planos de saúde.

Diversas são as suas funções, as principais funções consistem em demonstrar o preço máximo ao consumidor; e ser utilizada como parâmetro para calcular cobrança de medicamentos.

Além disso, ela é amplamente utilizada para digitalizar o processo de consulta à Pesquisa de Preços de Medicamentos.

Tabela Simpro

Outra tabela que merece destaque é a Simpro.

Ela atua como um Banco de dados que abrange insumos médicos e medicamentos. É usada como referência para diferentes informações  como:

  • Registro Anvisa;
  • Precificação;
  • Apresentação;
  • Código tuss;
  • Classificação;
  • Embalagem.

É empregada em compras, faturamento, licitações, análise e auditoria de contas médico-hospitalares e contratos entre operadoras de plano de saúde e hospitais.

Portanto, possui uma função bastante semelhante  à tabela brasíndice, tanto de materiais quanto de medicamentos hospitalares.

SIGTAP

E por fim, é de extrema importância usar o  SIGTAP.

Diferente das ferramentas apresentadas posteriormente, o SIGTAP não é uma tabela, mas sim uma ferramenta de gestão que possibilita o acesso à Tabela de Procedimentos do SUS

O Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS (SIGTAP) 

Também permite o acompanhamento das alterações realizadas a cada competência, detalhando as características dos procedimentos, compatibilidades e relacionamentos.

A partir dela é possível obter relatórios e notas de forma mensal, ao inserir as principais alterações realizadas na Tabela de Procedimentos e os documentos que as originaram.

É possível consultar procedimentos de acordo com:

  • Grupo
  • Subgrupo
  • Forma de organização
  • Origem
  • Documento de Publicação 
  • Competência

Assim, ambas são aplicadas em diversas práticas, sendo referências de informações, como nas compras, nas licitações, nos faturamentos, nas análises e nas auditorias de contas hospitalares.

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