Os protocolos de segurança do paciente são instrumentos fundamentais trazidos pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente, que visa garantir uma maior proteção e, ainda, resguardar os profissionais de saúde. Logo, é fundamental que as operadoras estejam atentas para isso.
Neste artigo explicaremos sobre o que são os protocolos, sua importância e falar mais sobre os 6 instituídos pelo PNSP. Continue lendo e saiba mais sobre o tema!
O que é o Programa Nacional de Segurança do Paciente?
Em primeiro lugar, você deve entender que os protocolos estão inseridos dentro do Programa Nacional de Segurança do Paciente.
Trata-se de um programa formulado em 2013 pelo Ministério da Saúde.
Seu objetivo era alinhar as práticas médicas no Brasil com protocolos de segurança do paciente trazidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), visando evitar complicações para pacientes que estejam sob risco em procedimentos (por exemplo, em caso de cirurgias).
Qual a importância deste tema?
Apesar de ser um assunto muito importante no ambiente hospitalar, é fundamental que os responsáveis pelas operadoras de saúde também estejam atentos.
Isso porque, danos desnecessários à saúde que sejam causados por profissionais com condutas inadequadas podem causar complicações, implicando em prejuízos para as operadoras.
Por exemplo, uma pessoa que teria a realização de um procedimento tranquilo, provavelmente, pode estender seu tempo de hospitalização caso tenha uma infecção grave e persistente.
Com isso, a operadora terá que arcar com mais diárias de internação, medicações e procedimentos.
Por isso, as operadoras precisam saber das medidas instituídas pelo Ministério da Saúde para este tipo de situação e cobrar esta conduta dos locais que são conveniados com a sua operadora.
Assim, é possível identificar quais deles não aplicam as medidas de segurança do paciente e realizar o descredenciamento. Além disso, outros pontos importantes são:
- facilitar os processos de auditoria em saúde;
- utilizar nos casos de auditoria concorrente;
- facilitar o gerenciamento de riscos;
- garantir maiores cuidados com o paciente.
O que são protocolos na segurança do paciente?
Os protocolos são uma série de medidas que devem ser implementadas no dia a dia na hospitalização para minimizar eventuais falhas que comprometam a segurança do paciente.
Além disso, é uma forma de padronizar as condutas de todos os profissionais de saúde.
Inclusive isso é fundamental como forma de fiscalização em caso de problemas e responsabilização do profissional de saúde.
Assim, em caso de auditoria, o profissional pode ser punido segundo as sanções definidas pelo Ministério da Saúde.
Quais os principais protocolos de segurança do paciente?
Atualmente temos seis protocolos que estão presentes no Programa Nacional de Segurança do Paciente.
Portanto, vejamos mais sobre cada um deles a seguir.
1. Protocolo de úlcera por pressão
Esse protocolo tem por objetivo minimizar as chances de surgimento de úlceras que aparecem por pressão do corpo sobre o leito e outras lesões de pele, que ocorrem quando a pessoa está hospitalizada por tempo demais ou, ainda, quando possui idade avançada.
Assim, quando este tipo de problema ocorre, há uma demora no processo de recuperação, aumentando o tempo de hospitalização. Além disso, pode gerar porta de entrada, justamente, de infecções e dores excessivas no paciente.
2. Protocolo de identificação do paciente
Esse protocolo visa auxiliar a evitar erros médicos, identificando adequadamente o paciente com o preenchimento correto da guia de internação, oferecendo todas as informações acerca do procedimento que ele realizará.
Em casos nos quais o paciente está consciente e lúcido, pode haver uma menor incidência de erros, já que é possível confirmar com ele qual será a ação a ser realizada.
Contudo, em casos graves em que há comprometimento, falhas podem ocorrer.
Por exemplo, em um hospital austríaco, em 2021, um paciente teve a perna errada amputada. O protocolo visa, portanto, evitar este tipo de problema.
3. Protocolo de higiene das mãos
Primeiramente, esse protocolo tem por objetivo trazer todos os passos de higienização com o foco de prevenir e controlar eventuais Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), que podem aumentar o tempo de hospitalização do paciente.
Nos ambientes hospitalares é muito comum a ocorrência de infecções multirresistentes, que podem causar complicações severas e, até mesmo, óbito do paciente.
E a higienização das mãos tem um papel fundamental para evitar este tipo de situação.
Assim, o protocolo traz a necessidade de higienização em 5 momentos distintos:
- antes do contato com paciente;
- antes da realização do procedimento;
- depois de exposição a fluidos corporais;
- após o contato com o paciente;
- após contato com áreas próximas ao paciente.
4. Cirurgia segura
Nesse protocolo é determinado todas as verificações necessárias para reduzir riscos que possam causar efeitos adversos durante a cirurgia.
Assim, o centro cirúrgico pode ser verificado, para avaliar se foi higienizado corretamente e preparado para o procedimento, além de confirmar se ele será feito no local e no paciente corretos, entre outras questões importantes.
Ele inclui os pontos que já listamos antes, além de realizar o checklist cirúrgico em três momentos importantes:
- antes da indução anestésica;
- anterior a incisão cirúrgica;
- antes do paciente sair da sala de cirurgia.
5. Protocolo de prevenção de quedas
Esse protocolo tem por objetivo evitar quedas de pacientes e eventuais danos que poderiam causar.
Assim, ele determina a necessidade de algumas questões, tais como:
- avaliar o risco do paciente caso ocorra alguma queda;
- adoção de medidas para tornar o ambiente mais seguro;
- analisar se o paciente possui alguma doença que possa potencializar as chances de queda (como demência, osteoporose, entre outros).
6. Protocolo de prescrição segura
Com o protocolo, os profissionais estão cientes de como ministrar os medicamentos corretamente.
Medicações aplicadas inadequadamente podem causar comprometimentos graves de saúde, além de cobranças a mais para as operadoras de saúde arcarem.
Por exemplo, um paciente pode ter problemas com falência renal quando um profissional de saúde comete um erro médico com dosagens inadequadas que possam causar esse efeito colateral.
Com isso, ele precisará passar pela diálise durante a hospitalização.
Consciente desses protocolos de segurança do paciente, a operadora de plano de saúde consegue realizar processos de auditoria em saúde mais eficientes, além de reduzir custos com esse processo.
Ainda, é possível otimizar a gestão em saúde da instituição e alcançar grandes resultados. Por isso, esteja ciente dessas questões.
Novos olhares: segurança do paciente na Telemedicina
A telemedicina é uma realidade da saúde, principalmente após o período pandêmico enfrentado em meados de 2020. Hoje ela é essencial para dar acessibilidade a pacientes que por alguma circunstância não conseguem ir ao atendimento presencial.
Mesmo sendo uma modalidade a distância, ainda é preciso tomar conta da segurança do paciente. E por isso, abaixo falamos de algumas medidas que precisam ser tomadas, visando a proteção do paciente mesmo não estando ao alcance da instituição de saúde.
1. Verificação da identidade do paciente
Antes de qualquer atividade envolvendo o paciente, é preciso verificar a identidade por meio de um documento oficial, como a carteira de identidade.
2. Proteção das informações do paciente
Dados do paciente devem ser protegidos conforme as leis de privacidade vigente no país, como a Lei Geral de Proteção de Dados. Isso significa que as instituições que usam sistemas de telemedicina, devem ser seguros criptografados, e que os profissionais não devem compartilhar informações sensíveis do paciente.
3. Use tecnologia apropriada
Quando se fala em telemedicina é importante ter a disposição, ferramentas apropriadas, incluindo hardware e software seguros e atualizados. Além também de ter uma conexão estável, de preferência de alta velocidade e confiável.
4. Estabeleça consentimento informado
O que isso significa? Antes de qualquer consulta, é importante ter o consentimento do paciente, o profissional deve explicar os riscos e os benefícios da modalidade, para assim obter a autorização do paciente e conseguir prosseguir com a consulta.
5. Faça avaliação completa do paciente
É uma consulta como qualquer uma presencial, e por isso é importante realizar a avaliação completa do paciente, incluindo a revisão do histórico médico do mesmo, exame físico virtual e solicitação de exames relevantes.
E para realizar auditorias em saúde de forma mais eficiente, conte com a Carefy. Entre em contato e saiba mais sobre como podemos ajudá-lo nisso.