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Uma das principais tabelas utilizadas pelos faturistas e auditores em saúde é a disponibilizada pela Revista Simpro.

A tabela Simpro é uma referência para a cobrança de procedimentos e materiais descartáveis utilizados em atendimento.

Dessa forma, muitas negociações entre hospitais e planos de saúde a utilizam em suas negociações. 

No dia a dia dos processos de auditoria é necessário utilizar ferramentas como base para o cálculo de materiais e procedimentos para evitar:

  • Cobranças indevidas;
  • Superfaturamento de contas;
  • Falta de padronização nos preços;
  • Falta de transparência nos custos.

Pensando nisso, foram desenvolvidas tabelas como a Simpro para padronizar valores, permitir a transparência e evitar a alta cobrança na auditoria em saúde.

Continue a leitura para entender mais sobre a importância desta tabela para a auditoria em saúde.

O que é a tabela Simpro?

tabela simpro medicamentos

A tabela Simpro reúne dados referentes a preço sobre materiais, medicamentos e procedimentos médico-hospitalares.

É uma fonte confiável para balizador e histórico de preços, uma vez que os próprios fabricantes e distribuidoras fornecem as informações.

Além disso, a revista atualiza a tabela a cada bimestre.

Cada item cadastrado recebe um código específico.

Este código é também usado dentro da Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS).

Dessa forma, o código Simpro já está conforme o padrão TISS.

Devido ao seu prestígio e confiabilidade, muitos contratos entre hospitais e planos de saúde complementares utilizam a Simpro como base de cálculo de faturamento.

Contudo, não é obrigatório adotar a tabela e cabe às partes envolvidas definirem os termos do contrato.

Assim, o setor reconhece as vantagens de adotar a Simpro.

Porém, desde 2018, o uso da tabela tem diminuído, pois muitos fabricantes e distribuidoras deixaram de fornecer dados para a revista.

Como usar a tabela Simpro na auditoria hospitalar?

tabela simpro

Como visto anteriormente, a tabela Simpro possui um papel importante para base de preços de materiais, medicamentos e procedimentos.

Assim, os auditores dentro das operadoras de saúde a usam para conferir se a conta enviada pela clínica ou hospital está coerente com os procedimentos realizados pelo paciente. 

A partir dos preços tabelados e do estabelecido em contrato, é feita a checagem dos valores cobrados.

Caso haja divergência nos preços ou inclusão de itens indevidos, ou desnecessários, o auditor pode reprovar o pagamento do elemento em questão, configurando uma glosa hospitalar.

Além da Simpro, o auditor deve tem em mãos outros documentos de referência, como:

  • Brasíndice: fornece dados específicos sobre variação de preços de medicamentos;
  • CBHPM: tabela base para cobrança de honorários dos profissionais médicos;
  • Rol de procedimentos ANS: lista que define procedimentos, exames e tratamentos que devem ter cobertura obrigatória por planos de saúde;
  • Contrato com o prestador de serviço.

Na prática: Como utilizar a tabela?

Para entender melhor, pense na seguinte situação:

  • Durante a realização de um procedimento, o médico utiliza alguns materiais descartáveis;
  • Segundo a tabela Simpro, o custo de fábrica destes materiais é de R$100,00;
  • Conforme o contrato assinado, a taxa a ser aplicada pela utilização dos materiais é de 15% em cima do preço definido pela tabela;
  • Logo, o valor a ser cobrado é de R$115,00;
  • A conta é enviada para a operadora de saúde;
  • O auditor responsável faz a checagem de todas as informações listadas na conta, desde nome e dados do paciente até se medicamentos e materiais utilizados estão coerentes;
  • Caso todos os itens estejam aprovados, o auditor irá conferir os valores de cada material na tabela Simpro e a taxa determinada no contrato com a prestadora de serviço para analisar se o valor cobrado está correto;
  • Se o valor cobrado está certo, o auditor aprova o pagamento da conta;
  • Caso verifique alguma divergência, o auditor reprova o pagamento e notifica a glosa hospitalar;

Demais ferramentas

Além da tabela Simpro existem outras ferramentas amplamente utilizadas na auditoria que podem auxiliar na operação em saúde da sua instituição.

Confira abaixo as principais.

BRASÍNDICE

Primeiro é importante conhecer a Brasíndice, tabela desenvolvida por revista especialista na área.

Ela apresenta o custo dos medicamentos comercializados no território brasileiro além de  informações importantes como o PMC (preço máximo ao consumidor).

A brasíndice também é de grande importância para determinar o fator de remuneração em se tratando de contratações de serviços no meio hospitalar.

CHBPM

A tabela CHBPM, a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, é usada como base para calcular cobranças de honorários dos médicos.

A tabela classifica os procedimentos em 14 portes, cada um deles conta com três subdivisões, que compõem a estrutura essencial da CBHPM.

Os portes referentes a cada procedimento não expressam valores monetários, apenas representam a comparação entre os diferentes atos médicos no que diz respeito à:

• Complexidade técnica; 

• Tempo de execução;

 • Atenção requerida;

• Grau de treinamento necessário para a capacitação do profissional que o realiza.

SIGTAP

E por fim, é importante conhecer o SIGTAP.

O Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS (SIGTAP).

Diferente das ferramentas anteriores, não é uma tabela, mas sim uma ferramenta de gestão que possibilita o acesso à Tabela de Procedimentos do SUS

Também permite o acompanhamento das alterações realizadas a cada competência, detalhando as características dos procedimentos, compatibilidades e relacionamentos.

A partir dela é possível obter relatórios e notas de forma mensal, ao inserir as principais alterações realizadas na Tabela de Procedimentos e os documentos que as originaram.

É possível consultar procedimentos de acordo com:

  • Grupo;
  • Subgrupo;
  • Forma de organização;
  • Origem;
  • Documento de Publicação;
  • Competência.

Como otimizar a auditoria de contas hospitalares?

O processo de auditoria de contas hospitalares exige muita atenção e organização por parte dos profissionais.

O excesso de planilhas e ferramentas descentralizadas acabam prejudicando a eficiência do processo e da equipe responsável. 

Por isso, busque por ferramentas que consigam centralizar informações e processos. 

Procure, também, um software que atualize as tabelas de referência (como a Simpro, já citada aqui) de forma automática e integre sistemas de gestão e monitoramento de pacientes.

O Carefy, por exemplo, é um software focado em todo o processo de auditoria em saúde.

Ele proporciona agilidade no processo, praticidade de uso e acesso, e promove resultado de até 137% a mais de eficiência da equipe de auditoria.

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